quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Somos Fruto Da Igreja De Antigamente

Quem nunca ouviu as frases: “Antigamente a igreja era mais fervorosa; Antigamente os obreiros eram mais exemplares; Antigamente os crentes eram mais santos; Antigamente; Antigamente... Antigamente”. O que quer dizer essa solfa mal avaliada?

Antes de tecer o comentário propriamente dito; Necessito trazer o seguinte pensamento: “Existe igreja sem história, ou seja, sem passado? Para que ela seja presente algo ocorreu, alguém contribuiu e na maioria dos casos um legado foi ou é deixado para posteridade”. Agora voltemos a observar o paragrafo anterior e sua palavra chave “antigamente”, se antigamente era tão perfeito por que o hoje é tão caótico e vergonhoso em termo de testemunho da igreja. Seria tudo isso culpa de mudanças seculares, modernidade, novos costumes, rebeldia, nova geração de igreja e ou qual a causa?

O primeiro parágrafo causa a impressão que a geração contemporânea é amaldiçoada, corrupta, rebelde, e outros adjetivos dessa natureza, pois aos olhos de muitos a geração atual não tem nada de bom para legar a uma possível posteridade, já que as de antigamente eram sempre mais eficientes. Esse tipo de colocação tem posicionado a nova geração debaixo de um julgo extremamente pesado e desproporcional a sua capacidade herdada pelos próprios de antigamente. Basta uma avaliação respeitosa na história de algumas igrejas para se descobrir que parte dos conflitos enfrentados na atualidade tem por origem decisões do passado, ou seja, as de antigamente.

Valorizo e amo à dedicação, abnegação, fervor e amor por parte dos irmãos chamados respeitosamente nessa postagem de “os de antigamente”, mas é necessário entender que as falhas da geração atual são reflexos das decisões de gerações de antigamente. A geração de antigamente se preocupou em quantidade, mas esqueceu como se relacionar com os frutos dessa quantidade, se esqueceram de tratar e preparar essa quantidade. Existiram falhas de vários aspectos, mas citarei as mais conhecidas e que refletem no caminhar da igreja como um todo. Falhas como:

  • Não souberam lidar com as transformações da sociedade e consequentemente não deixaram referencias, gerando choque entre gerações, essa lacuna tem motivado reações diferentes dentro de um mesmo grupo religioso, uma é a reação dos líderes e outra a reação dos liderados (massa) quanto às mudanças sociais. Outro ponto que cabe comentário é que, por consequência de falta de referencia alguns líderes tem buscado construir em caráter emergencial e sem uma base amadurecida mecanismos legais para que a igreja se adeque de forma coerente as mudanças sócio-política e cultural. A questão é como fazer isso minimizando o risco de atropelar princípios Bíblicos fundamentais da fé Cristã, o que seria mais uma tragédia no meio protestante. É bem verdade que algumas igrejas atuais estão melhores e mais assessoradas em questões jurídicas e teológicas, mas não significa garantia de bons resultados.
  • Uma igreja que cresceu sem conceder assistência as suas ovelhas gerando uma geração órfã. É perceptível que a nova geração está crescendo desamparada em questão de acompanhamento espiritual e moral por parte das lideranças, existe um jogo de empurra–empurra, a igreja joga para família e a família para igreja e no final nenhuma nem outra cumpre a sua responsabilidade. Isso é reflexo de uma postura medíocre tomada e incentivada pelo comodismo de alguns líderes a partir da década de 80. É raro dentro da nova geração alguém que possa dizer que foi acompanhada, adotada por um irmão ou por um líder como pai na sua caminha de fé ou pai na fé. Diferente das ações relatadas de fatos que antecedem a década de 70, fatos destacados e desfrutados pelos mesmos que poderiam dar exemplo para essa nova geração. Da década de 70 para traz é citado que a igreja independente de posição eclesiástica ou vínculo familiar, adotava de forma voluntária os neófitos, jovens e até adultos carentes, servindo de apoio moral e espiritual para edificação dessas vidas, por tudo isso nada cobravam e nem buscavam reconhecimento, apenas faziam por amor, compartilhando a Sagrada Escritura e suas experiências pessoais com Deus.
  • Uma igreja que deixou de buscar o interesse do Reino de Deus, para alimentar o seu deleite pessoal. Deixaram de fazer para Deus e passaram a fazer pelo comercio. É lastimável imaginar que essas condutas reprováveis partem de pessoas que deveriam ser exemplo para nova geração. A vaidade, o orgulho, o egoísmo e a ambição desenfreada tem sido a ignição dessas explosões de escândalos e feridas que marcam a história da igreja atual. Vivemos uma era em que as lideranças esqueceram que foi chamado para servir, o mais triste é que tais posturas são repassadas e aprovadas pelos de antigamente ainda ativos. Temos atualmente a formação de uma geração de líderes eclesiásticos soberbos, de dura cerviz e amantes de si mesmo, temos a consciência das exceções, quase em extinção.
  • A igreja de antigamente foi zelosa quanto ao legalismo denominacional, esquecendo-se, porém de fechar as brechas para entrada de conceitos teológicos questionáveis dentro do padrão bíblico. E o pior é que tais conceitos têm sido adotados pela maioria dos lideres e liderados da igreja atual mesmo que de forma indiscreta ou tímida. Em decorrência disso temos uma igreja com cara de intelectual, porém com menos experiência com Deus. O legalismo sufoca e um conhecimento teológico sem Deus é algo apenas de caráter religioso ou puramente humano e não gera mudança de vida, é paradoxal o que foi escrito, mas muitos confundem o que é Bíblico e tem base bíblica com conceitos teológicos ou convenções colegiais. E isso não é esclarecido para a nova geração.
  • Uma igreja que utilizava a dinâmica do medo, ou seja, da ameaça, esse ponto não é aceito pela maioria ativa da igreja de antigamente, mas é fato histórico na vida de muitos fieis da época. Um povo tão abençoado por Deus, mas que em diversas ocasiões se utilizava de argumentos ameaçadores para alcançar seus objetivos por parte dos fieis, ganhava muito e perdia multidão, alguns serviam por medo e não por amor. Infelizmente alguns aspirantes a pastor têm herdado tais artimanhas, gerando em alguns lugares problemas de grandes proporções. Confundem autoridade concedida por Deus e pelos homens com a ação de ditadores inquestionáveis.

Tudo isso e muito mais tem como referência o passado, a formação de uma história, as ações e o reflexo de uma igreja de antigamente nos dias atuais.

Poderia citar diversos exemplos, mas não é possível nesse ambiente, não ignoro o bom trabalho de nossos amados pastores e pioneiros das igrejas de antigamente, mas o que somos hoje é fruto do trabalho deles. Seja isso bom ou ruim, é necessário refletir e deixar de jogar nas costas dessa geração atual uma carga que deve ser compartilhada com a igreja de antigamente, ou seja, o que somos e temos, herdamos do passado e o que seremos passaremos para um futuro. Seria possível reverter essa situação. Basta olhar para a história.

Por: Adaias Marcos Ramos da Silva.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Anos-Luz “A Distância Entre Igreja Cristã Primitiva E A Igreja Atual”.

Imagem: http://www.rochaferida.com 

Existe igreja local (denominação) perfeita?

Vamos melhorar a pergunta.

Existe Igreja local que não careça de melhoria? Existe igreja local sem falha?

A distância moral, ética e espiritual entre a Igreja Cristã Primitiva e as Igrejas Locais desse século é um fato ignorado pelas lideranças de igrejas locais.  É fato que toda igreja local é uma organização e por tanto gerida por homens falíveis, que mudam de opiniões, sejam “essas” teológicas, litúrgicas e principalmente em usos e costumes. Antes de iniciar a introdução dessa postagem é necessário que o caro leitor tenha em mente que liderar é a habilidade de influenciar pessoas.

Se avaliado com honestidade e sem fanatismo encontraremos tais fatos (escândalos) entre igrejas cristãs primitivas, ainda que suas histórias e comportamentos tenham contribuído para formação das bases teológicas e litúrgicas posteriores ao seu tempo. Muitos não aceitam, mas apóstolos como Pedro e Paulo falharam em algum ponto de suas vidas mesmo após a conversão, cada um dentro de sua estrutura de fé “quem lê estude e entenda”, porém suas falhas eram dentro de um plano puramente humano e, portanto aceitável, o que não interferiu na formação e continuidade ortodoxa da igreja cristã.

É perceptível uma inquietação no mundo religioso nesses dias que antecedem ao Arrebatamento da Igreja. A história da igreja cristã tem sido construída através de choques multiculturais desde sua fundação visível, o primeiro exemplo relevante é visto dentro da própria cultura judaica, aonde a mesma (igreja) vai aos poucos se afastando (da cultura judaica) e tomando uma identidade própria mais parecida com o seu mestre por excelência (Jesus). É nesse ponto que a igreja cristã primitiva (apesar de suas limitações) difere em diversos aspectos da igreja atual. As lideranças da igreja primitiva lideravam e administravam para que a mesma seguisse os passos de Jesus e assim se tornassem parecidos com o seu Senhor, porém a igreja cristã atual em sua maioria é liderada e gerenciada para que o povo se identifique com as principais lideranças denominacional.

O que alarma não é a identificação entre lideres e liderados dentro de uma situação natural, mas a imposição pessoal concernente a ideologias, costumes, liturgias, e interpretações doutrinarias de cunho legalista ou libertino gerando na igreja um peso que não lhe é próprio. Isso é fato, a igreja vive uma fase extremamente perigosa quanto a sua atuação na sua missão para com o Reino de Deus, e, diga-se de passagem, o peso maior está sobre a postura da liderança, os liderados com algumas exceções seguem as orientações e exemplos dos seus lideres. E nesse aspecto é perceptível que a igreja local vai aos poucos se distanciando do seu papel dentro do evangelho de Cristo por responsabilidade dos maus exemplos de seus líderes.
Vejamos o que o apóstolo Paulo escreveu aos Filipenses 3.17      “Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos”.

Logo, seguir o exemplo do líder é algo natural, à questão é: O que a igreja atual (desse século) tem de bom exemplo por parte de alguns líderes. Essa diferença notória entre liderança da igreja cristã primitiva e a atual (desse século) só pode ser medida em anos-luz, isso pode causar choque em alguns, mas necessitamos lembrar que foram choques como esse, que motivou alguns a fazer a diferença em meio a uma geração corrompida ou que estava se corrompendo. Para isso temos três alternativas: 
1)       Primeiro, Ser indiferente;
2)       Segundo, Fazer a diferença conforme os moldes bíblicos e agir consciente de que se pagará um preço;
3)       Terceiro, Fazer parte do sistema e se corromper.
O Apóstolo Paulo escreveu o seguinte texto 1 Coríntios 11.1 “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo ”.

Chegamos à conclusão que a principal causa dessa vergonha eclesiástica está em que deixamos de imitar a Jesus Cristo para imitar unicamente aos homens e aos seus desígnios ambiciosos que alimentam suas próprias paixões. Deixamos de buscar os valores do Reino de Deus para nos adequarmos aos moldes de diretrizes antropocêntricas. O Evangelho puro, simples e todo poderoso é substituído por filosofias intelectuais de arranjos de homens gananciosos, adúlteros, violentos, materialistas e amantes de si mesmo. A igreja local independente de bandeira está perdendo sua identidade principal, o “Amor de DEUS”. Jesus nosso exemplo por excelência, em seu ministério buscou a vontade e a glória de DEUS; mas o que busca as lideranças atuais, seria a Glória de Deus?  A vontade de DEUS? O Reino de DEUS?

A igreja local necessita voltar ao Evangelho de Cristo. Entender o que é evangelho é o primeiro passo para correção dessa tragédia espiritual e moral da igreja atual. O Evangelho não tem interesse em condenar, mas salvar; O Evangelho não é arrogante, mas gracioso; O Evangelho não condena, mas está pronto a perdoar apresentando a graça de Deus; O Evangelho não faz acepção, mas procura alcançar a todos independente de cor, raça, idade, posição social e religião; O Evangelho não é negociável, pois é gratuito e está disponível a todos quantos crer; Denominações não são proprietárias do Evangelho; Nações, povos, tribos, governos, líderes, sistemas, religiões, religiosos ou qualquer outra coisa não tem autoridade sobre o Evangelho, pois é poder de DEUS.

O Evangelho é paciente, é bondoso, não inveja, não se vangloria, não se orgulha, não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.  O Evangelho não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Isto é Evangelho, isto são boas novas de Salvação, portanto Tudo isto é Jesus Cristo. A Igreja necessita voltar a Cristo.  Existem as exceções, mas quem as conhece os chamará de pessoas e não de organizações.

Amo, respeito e intercedo pela igreja local (denominação) a qual faço parte e sou membro, mas reconheço que, assim como ela as demais necessitam acordar antes que muitas almas percam a visão do Evangelho “Cristo”.

A distância moral, ética e espiritual entre a Igreja Cristã Primitiva e as Igrejas Locais desse século talvez seja possível mensurar utilizando a escala intergaláctica anos-luz já que não é possível se alcançar com simples informações.

Perguntas que busco resposta: 

a)       A Igreja local terá tempo para uma nova reforma?
b)       Seria necessária mesmo uma reforma?
c)       O que seria necessário para que a igreja local se volte exclusivamente para Cristo?
d)       Que reforma a igreja atual necessita?
e)       O que será necessário para um verdadeiro avivamento bíblico na igreja atual?
f)        Que choque produzira na igreja atual uma volta a Cristo?
g)       Se você tem todas as resposta me envie?

Por: Adaias Marcos Ramos da Silva.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Meu Brasil - Transformação é Necessário



As últimas postagens volta-se para a situação sócio-política do Brasil, elas não possuem cunho religioso, mas de cidadania. Sou cidadão do céu pela fé, mas como ser humano também sou um cidadão em uma terra chamada Brasil.

A revolta no Brasil é evidente nesses últimos dias em função de fracassadas manifestações desorganizadas e descontroladas com a participação dos black-blocs em destaque.

Qual a revolta? Não somos coparticipantes das ações desses jovens? Quem está sendo eleito no Brasil? A cada eleição nos vendemos, somos atraídos pelo magnetismo da ilusão partidária onde suas ideologias não passam de sofismo repassado de geração a geração como um antídoto salvador das situações drástica da nação.


Outro ponto que deve ser revisto são os incentivos (instrução e ou debates) mal estruturados dentro dos campos educacionais do Brasil sobre o posicionamento sócio-político, onde confundem liberdade com malandragem (libertinagem) e o direito com o sentimento equivocado de que tudo pode. Estamos gerando uma juventude de pensadores com ideias incoerentes a realidade das necessidades e, assim essa geração se transforma em presas fáceis para as velhas raposas da política independente de partido, pois nesse jogo não existe herói apenas vilão e vítima (vilão: sistema politico; vítima: sociedade).

É notória a existência crescente de um desejo ardente por parte dos partidos político pela participação dos jovens em ações politicas de diversos tipos e classes. A preocupação não está em uma juventude que manifeste suas posições políticas ou desejo de mudança, mas como essa política está sendo formada nessa geração que não são instruídas para visualizar os limites e consequentemente enxergar os riscos para que de forma coerente, precisa e produtiva venham gerar ações de mudanças eficazes.

Logo somos responsáveis pelos resultados, pois não sabemos trabalhar os extremos e por consequência não escolhemos os meios adequados. A sociedade está na extremidade e os sistemas são os meios articuladores, tanto um como o outro necessitam de transformação.

Ver texto anterior: http://adaiasmarcos.blogspot.com.br/2014/02/o-brasil-necessita-renascer.html

Por Adaias Marcos Ramos da Silva.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O Brasil Necessita Renascer



Brasil, uma nação que se agride, que chora por causa de seus direitos e deveres, que não é apenas alegria, mas que ainda sustenta o feudal e oprime o plebeu, uma nação de muitas cores, cores onde o vermelho prevalece sem representar a realeza ou as conquistas do seu povo, mas o sangue de inocentes derramado nas praças das manifestações desorientadas por uma geração desorganizada.

A história no Brasil continua sua construção pela semeadura do passado, onde as novas gerações sem rosto e com cara escura reescrevem o legado deixado pelos conquistadores do descobrimento, exploradores tiranos, ditadores das ordens desordenadas e dos contemporâneos governantes desonestos. Lamentável e indescritível a dor da família do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, injustificável a ação agressiva e covarde desse tipo de manifestante. A vítima um profissional cinegrafista (que nessa perspectiva representa a família de trabalhadores do Brasil), que em meio aos gritos e ações descontroladas executava o seu oficio de cidadão brasileiro, onde no labor diário lutava com honestidade usando como ferramenta uma câmera de filmagem levando ao mundo a imagem real de uma manifestação desorganizada e desordenada representando a vergonhosa histórica do Brasil de uma geração mal instruída.

É importante o direito de manifestar, requerer algo que é justo para o beneficio coletivo ou individual e isso independente de cor, raça, cultura, posição social ou religiosa, essa liberdade tem grande valor. Mas até onde? Ou melhor, como se deve usar a liberdade para manifestar a posição requerida? Acredito que nenhuma ferramenta que provoque dor produzirá efeito positivo. Esse tipo de atitude ocorre por que falta o conhecimento do melhor caminho para o diálogo.

As manifestações até são necessárias, mas deveriam ser utilizadas como meio de abertura para o diálogo e isto sem a violência, porém os últimos eventos de manifestação no Brasil têm trilhado por caminhos vergonhosos, refletindo a imagem de uma nação despreparada no uso do seu estado de direito. Quem não sabe a forma correta de requerer direitos não conhece os limites de seu dever, ou seja, onde começa ou termina, agindo de forma descontrolada e com alvo incerto.

É necessário entender o que, quem e como se motiva esse nível de manifestação.

O que é repassado para essa nova geração? Quais instruções são repassadas que servem de meio motivador para que manifestantes venham agir de forma violenta para que seu grito se torne audível? O que está sendo construído na consciência dessa nova geração brasileira?

Outro ponto importante é entender quem mobiliza, lidera ou gerencia tais ações? Ainda que as manifestações sejam desastrosas sempre existe por traz uma liderança que a incentiva, mesmo que possa não está de corpo presente ou ainda não ser um organismo, mas age como uma organização ainda que não seja de fácil percepção.

Entenda: Atrelar essas manifestações a uma liderança única é falta de bom senso; em casos isolados e funcionando como “manifestações ilhas” se encontrarão alguém ou uma organização que leve o rebanho a manifestar, mas vincular as manifestações a uma única causa ou a uma liderança comum não cabe nesse contexto, porém é possível aceitar o próprio sistema Sócio-Político do Brasil como principal genitor de tais manifestações. A causa raiz não está nos eventos ou fatos do momento, mas é fruto de uma herança histórica da nação, que precisa ser reconstruída através de um novo conceito de educação, que envolva desde a consciência da sociedade aos núcleos educacionais e formadores de opinião como um todo.

A motivação para tais eventos parte do princípio que: “tenho direito e vou buscar custe o que custar”, mas a questão não está no direito e sim como esse direito é apresentado e ou conquistado, é necessário um trabalho de conscientização do que é direito ou dever, e, que os mesmos podem ser alcançados através do conhecimento, mas para isso é necessário uma mudança de postura governamental, iniciativa privada e sociedade, ou seja, é necessário o Brasil reconstruir a sua história, começando pelo incentivo ao conhecimento do melhor caminho para o diálogo. Isso é possível quando as partes se respeitam e não apenas se toleram, mas cada lado cumprindo de maneira tangível, ética e humana a sua responsabilidade. 

Somente assim o Brasil se tornará uma potencia mundial em todos os aspectos, pois uma nação que não se ama é uma nação de um povo pobre, por isso o Brasil necessita renascer, ser reeducado e assim construir um novo caminho para sua história.


Adaias Marcos Ramos Da Silva