terça-feira, 29 de maio de 2012

Aprendendo com o silêncio de Deus

Salmo 37.7 Descansa no SENHOR, e espera nele;  Salmo 38.9 SENHOR, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu gemido não te é oculto.

Como aprender com o Silencio de Deus?
O que fazer quando Deus escolhe se manifestar através do silencio?

Essa forma de relacionamento parece ser paradoxal para um Deus que ama relacionasse com seus filhos. Que alguém aceite ou não isto é real, uma ferramenta que Deus usa na Sua soberania para tratar com suas criaturas em casos específicos.  

É importante termos a consciência que todas as formas de relacionamento de Deus para com o homem priorizam a glória do Seu Nome e a revelação do Seu amor e justiça.

Já aconteceu de você se achar sozinho, sem resposta, questionando o silencio de Deus?

Às vezes situações na vida levam-nos a questionar e a formular teses de fatos que não compreendemos e passamos a tentar medir, comparamos, apresentamos e não chegamos a lugar nenhum, pois às vezes trata-se do silêncio de Deus e a resposta só poderá vir de Deus. O patriarca Jó compreendeu isso (Jó 42.1-2) e o mesmo aconteceu aos heróis da fé.

A resposta de Deus causa alívio e nos dar direção trazendo consolo - Na universidade divina é assim: entramos nela por plano e chamado de Deus e somos aprovados mediante a sua misericórdia e graça, para assim sermos escolhidos para uma missão especifica. Não conheço um homem comum que foi aprovado por mérito próprio, mas que os resultados dependeram do posicionamento de sua fé e escolha mediante a Soberania de DEUS.

Recentemente fui levado a falar com Deus sobre algo bem particular, um questionamento sobre família, e, para meu alívio e tomada de decisão, Deus respondeu me proporcionando graça e consolo (1Sm 2.1-10; Js 10.14; Rt 3.18; 2Sm 22; 2 Cr 7.14-16; Jó 42.10; Sl 46), porém, algumas vezes tem prevalecido o silencio do Todo Poderoso.

O silencio de Deus ensina - Nessa estrada de experiência de vida com Deus, eu descobri algo que para alguns é difícil de aceitar: o “silencio de Deus ensina”, pois na minha vida tem sido instrutor de minha fé e esperança em Deus no exercício do Fruto do Espírito. Nisto descobri que sem Deus nada sou e que um dia de silencio de Deus poderá gerar mais quebrantamento do que vários “não ou sim” de Deus no mesmo dia.

Considerando a estrutura humana - O “não ou o sim de Deus” revela sua vontade imediata produzindo alivio e conhecimento de Deus, porém, o “silencio de Deus” gera expectativa, questionamentos, ansiedade e conseqüentemente maturidade espiritual para quem NELE espera. Embora o justo viva pela fé a sua estrutura humana sofre pela espera, ainda que esta seja com confiança de que Deus fará o melhor.

O texto bíblico de Lamentações 3.18 Então disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança No SENHOR.” reflete bem o que enfrentamos quando entramos no silencio de Deus, porém os versículos posteriores revelarão que nada está perdido, pois terá salvação aquele que confia e espera em Deus nosso Salvador.

Vejamos os textos Sagrados:

Isaías 64.4 Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera;

Lamentações 3.24-26 A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR.

1Pe 5.7 lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.

O texto não diz que não teremos ansiedade, mas, que precisamos entregar ao Senhor Deus a nossa ansiedade, o texto se refere a lançar, soltar, deixar com Deus, pois tem cuidado de nós, se importa conosco, ou seja, precisamos se desprender da preocupação, isso é agir com fé.

Apesar do silencio de Deus, temos firme a esperança de que Deus está no controle, (Is 41.13-20; Is 43.11-13), pois, a esperança em Deus não confunde, (Rm 5.1-5 ).

No silencio de Deus, precisamos nos posicionar como filhos submissos a Sua Soberania, na certeza de que a Sua vontade é e será o melhor (Rm 12.2b), pois a sua vontade deve prevalecer (1 Jo 5.14-15) sabendo que, se assim nos posicionar receberemos conforme a Sua vontade, ainda que esta para determinadas circunstancias esteja no oculto.

É importante lembrarmos que apesar do silencio de Deus diante de nossas orações ou circunstâncias, Deus sabe o que precisamos (Mt 6.8) e que apesar de nossa estrutura humana nos levar a um estado de ansiedade, nada poderá se acrescentar (Mt 6. 27, 31-34), pois nenhum plano de Deus pode ser impedido (Jó 42 1-2) .

Bom mesmo, é que no silencio de Deus diante das tribulações da vida possamos com a ajuda do Espírito Santo (Rm 8.25-26), Confiar no Senhor (Sl 37.3), deleitar-se no Senhor (Sl 37.4), entregar a Ele o nosso caminho (Sl 37.5) e descansar esperando o seu agir (Sl 37.7; Sl 46 1-11).

O silencio de Deus é muita das vezes uma forma de nos levar a lembrar que somos barro nas mãos do oleiro (Jr 18.6).

A melhor forma de aprender com o Silêncio de Deus é esperar confiando Nele.

Adaias Marcos Ramos da Silva

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Decisões Precipitadas

FALAMOS DEMAIS, OUVIMOS DE MENOS!
 
DISCUTIMOS MUITO, DIALOGAMOS POUCO E PRINCIPALMENTE
TOMAMOS DECISÕES PRECIPITADAS EM NOSSAS VIDAS.

 TIAGO 1:19
 "Esteja pronto para ouvir, tardio para falar e mais tardio ainda para irar-se.." 

  

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Evangelho é Jesus




Uma das principais barreiras para a evangelização não é o ambiente, muitas vezes árido para a comunicação da mensagem, mas o entendimento, por parte da própria Igreja, quanto ao Evangelho.

Devido a uma influência secularista, liberal e reducionista na missiologia das últimas décadas, houve uma humanização de conceitos que necessitam de revisão bíblica. Talvez o principal seja o próprio Evangelho. Não é incomum lermos que “o Evangelho. Não é incomum lermos que “o Evangelho está sendo atacado no Egito” ou que “o Evangelho está entrando nos lugares distantes da Amazônia”. O que se quer dizer é que a Igreja está sendo atacada e entrando na Amazônia, manifestando que, em nossos dias, passamos a crer que a Igreja é o Evangelho. Essa equivocada compreensão cristã que iguala o Evangelho à Igreja - a nós mesmos - é ampla e popular, mas tem suas raízes em distorções bíblicas e teológicas que podem nos levar a caminhos erráticos na vida e prática cristã.

Paulo escreve aos Romanos no capítulo 1 sobre o “Evangelho de Deus” (v.1) que Deus havia prometido “pelos seus profetas nas Sagradas Escrituras” (v.2), o qual, quanto ao conteúdo, é “acerca do Seu Filho” (v.3), que é “declarado Filho de Deus em poder... Jesus Cristo, nosso Senhor” (v.4). Portanto fica claro: Jesus é o Evangelho.

Assim, se nos envergonharmos do Evangelho, estamos nos envergonhando de Jesus. Se deixarmos de pregar o Evangelho, deixamos de pregar Jesus. Se não crermos no Evangelho, não cremos em Jesus. Se passarmos a questionar o Evangelho, seus efeitos perante outras culturas e sua relevância hoje, nós não estamos questionando uma doutrina, um movimento ou a Igreja, estamos questionando Jesus.

O que Paulo expressa nesse primeiro capítulo é que, apesar do pecado, do diabo, da carne e do mundo, não estamos perdidos no universo. Há um plano de redenção e Ele se chama Jesus. O poder de Deus se convergiu nEle e Ele está entre nós.

Quando compreendemos mal o Evangelho, e o igualamos à Igreja, corremos o risco de proclamarmos denominações, igrejas locais, logomarcas e pregadores, pensando que com isso estamos evangelizando. Não há verdadeira evangelização sem a apresentação de Jesus Cristo, Sua vida, morte, ressurreição e paixão por nos salvar.

Um dos textos que mais sintética e profundamente expõe o Evangelho foi escrito por Paulo quando afirmou: “Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”. (Rm 1.16).

Em primeiro lugar, esta afirmação deixa bem claro que o Evangelho jamais será derrotado, pois o Evangelho é Cristo. Sofrerá oposição e seus pregadores serão perseguidos. Será questionado e deixarão de crer nEle. Porém, nunca será vencido, pois o Evangelho vivo, que é Cristo, é o poder de Deus.

Em segundo lugar, o Evangelho não é o plano da Igreja para a salvação do mundo, mas o plano de Deus para a salvação da Igreja. O que valida a Igreja é o Evangelho, não o contrário. Se a Igreja deixa de seguir o Evangelho, de seguir a Cristo, deixa de ser Igreja, ou Igreja de Cristo.

Em terceiro lugar, o Evangelho não deve ser apenas compreendido e vivido. Ele se manifestou entre nós para ser pregado pelo povo de Deus. Paulo usa essa expressão diversas vezes. Aos Romanos, ele diz que se esforça para pregar o Evangelho (Rm 15.20). Aos Coríntios, ele diz que não foi chamado para batizar, mas para pregar o Evangelho (1 Co 1.17). Diz também que pregar o Evangelho é sua obrigação (1 Co 9.16).

Devemos proclamar o Evangelho – lançar as sementes – a tempo e fora de tempo. Provérbios 11 nos encoraja a lançar todas as nossas sementes, “... pela manhã, e ainda à tarde não repouses a sua mão”. Essa expressão de intensidade e constância nos ensina que devemos trabalhar logo cedinho – quando animados e dispostos – e quando a noite se aproximar, o cansaço e as limitações chegarem, ainda assim não deixar de semear. Fala-nos sobre a perseverança na caminhada e no serviço. É preciso obedecer mesmo quando o sol se põe.

Jim Elliot, missionário entre os Auca do Equador na década de 50, afirmou que “ao chegar o dia da nossa morte, nada mais devemos ter a fazer, a não ser morrer”.  Observemos nossa vida e lancemos a semente, cumprindo a missão.

Não importa mais o que façamos em nossas iniciativas missionárias, é preciso pregar o Evangelho. A pregação abundante do Evangelho, portanto, não é apenas o cumprimento de uma ordem ou uma estratégia missionária, mas o reconhecimento do poder de Deus.

Somos lembrados por Paulo a jamais nos envergonharmos do Evangelho que um dia no abraçou, pois não é uma ideia ou um movimento, mas uma Pessoa, o Evangelho é Jesus


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Teologia Quente - (Arrebatando Alguns Do Inferno)


"Se nós ignorarmos o inferno, faremos de um dos maiores ensinos de Jesus uma simples metáfora."
Por Dan Kimball

Marcando 55 minutos no relógio, eu quase bati o recorde de sermão mais longo pregado por mim. Era um sermão sobre o inferno.
Em nossa série de mensagens intitulada “teologia quente”, os tópicos eram selecionados por sugestões da congregação. A pergunta mais comum foi: “Um Deus de amor manda pessoas para o inferno?”. Isso é algo difícil de discursar em 35 minutos.
Os assuntos inferno e julgamento estão presentes em todo o Novo Testamento. Mesmo assim, não ouvimos muito sobre eles nos dias de hoje – ao menos, não na igreja. Tendemos a enfatizar outros assuntos, repetidamente, ignorando aquele, sobre o qual Jesus falava a todo tempo. Há exceções, mas pregadores anunciando “converta-se, ou você se queimará” são raros hoje em dia.
Há um episódio do seriado Seinfeld no qual o namorado da Elaine, Puddy, se torna um cristão. Ele começa ouvindo música evangélica e fica avisando insistentemente a Elaine que ela vai para o inferno. Em um determinado momento, ele pede para ela roubar o jornal dos vizinhos, pois já que ela “iria pro inferno, não tinha problema em fazer aquilo”. Elaine “explodiu” e começou a bater nele com o jornal, dizendo: “se eu vou para o inferno, você ao menos deveria se preocupar com isso!”.
Creio que Elaine esteja certa. Nós não podemos encarar o inferno como uma mera doutrina, desconsiderando a impacto humano que ela causa. O ensino sobre o inferno não deve acontecer para que as pessoas conheçam os pormenores da fé cristã, ou para que a curiosidade teológica seja satisfeita. Se cremos na realidade do inferno e no fato de que aqueles que foram criados por Deus à sua imagem haverão de viver a eternidade em comunhão com ele ou distante dele, deveríamos anunciar as boas novas do evangelho e também aquelas notícias que não são tão agradáveis.
É evidente que isso exige equilíbrio. Cristãos têm sido acusados de fazerem do inferno seu principal tópico para anunciar a salvação. Penso ser esta uma alteração do evangelho completo, anunciado em 1 Co 15. Todavia, se ignorarmos a realidade do inferno e do julgamento, faremos de um dos maiores ensinos de Jesus uma simples metáfora obscura.
Pela tendência da igreja quanto ao desequilíbrio no que diz respeito ao anúncio do inferno, além das pressuposições culturais sobre vida após a morte, iniciei meu sermão lendo com a congregação todas as passagens do Novo Testamento sobre o inferno. Isso tomou algum tempo, mas fez com que as pessoas ficassem atentas e pensativas. Nós comparamos aquelas passagens com o popular “portal do inferno” para vermos como tivemos nossas convicções influenciadas pela cultura, como o diabo vermelho com chifres e tridente, por exemplo.
Em seguida, analisamos os conceitos de vida após a morte presentes em outras culturas e confissões religiosas. Os cristãos não são os únicos que crêem no “inferno”. Apesar do crescente desconforto de nossa cultura com a idéia do julgamento eterno, não deveríamos nos constranger ao anunciar uma tese tão defendida por diversos segmentos religiosos ao longo de todas as épocas, inclusive a vigente.
Liderei a congregação em um estudo das palavras que são traduzidas por “inferno”: Jesus utilizou Gehenna, o depósito de lixo nos arredores de Jerusalém, onde os corpos eram lançados, onde os vermes os comiam e o fogo não parava de queimar.
Finalmente, voltamos para Elaine do seriado Seinfeld e destacamos o que é mais importante: a missão.
Como afirmou Charles Spurgeon, “Se pecadores haverão de perecer, que pereçam com nossos braços ao redor de seus joelhos; que ninguém experimente os tormentos do inferno sem que tenha recebido nosso aviso e nossas orações”.

Copyright © 2011 by Christianity Today International/Leadership Journal.

Traduzido por Daniel Leite Guanaes

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Espiritualidade egolátrica


Na espiritualidade ególatra, o sacerdote se confunde com a divindade.
A egolatria não é o simples cuidado do indivíduo consigo mesmo. Cuidar de si mesmo, afinal, é uma virtude. Quando praticamos o cuidado conosco mesmos, aprendemos a amar mais as pessoas. A egolatria não é também um sentimento de egoísmo. O indivíduo egoísta tem a expectativa de que todas as coisas e pessoas estejam em torno de seus interesses. Sem dúvida, isso é pecado; mas não é, ainda, um culto ao ego. Isso porque, enquanto o egoísta deseja que todas as coisas existam para atender seus interesses, o ególatra acredita que tem o poder para mover todas as coisas e pessoas em torno de si. A principal marca do ególatra é a cobiça, às vezes demonstrada por atitudes extremas. Tal sentimento foi muito bem exemplificado na proposta do diabo a Cristo: “Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares.”  
A egolatria é mais danosa do que a idolatria. E existe, lamentavelmente, uma espiritualidade ególatra, aquela que é caracterizada pela prática religiosa cujas celebrações e liturgias favorecem a promoção de personalidades. Na idolatria, a divindade é inanimada; o ídolo não controla a situação. Já na egolatria, o ego-deus tem boca e fala; tem nariz e cheira; tem pés e anda. Ele tem uma inteligência cheia de artimanhas; em geral, possui carisma e cativa as massas. O ego-deus consegue passar a ideia de que foi o único dotado para uma missão especial – assim, possuiria poderes especiais, como uma capacidade mística de desvendar os mistérios escondidos no além e trazer revelações sobrenaturais.
Nas instituições caracterizadas pela egolatria, há a necessidade de intermediários entre os devotos e o divino. Por essa razão, os cargos e papéis espirituais são uma espécie de concessão do ego-deus a esses intermediários, sob a condição de trocas simbólicas e materiais. Diante de um ego-deus, todos os seguidores obedecem, sem o mínimo de discernimento. Qualquer atitude crítica é denunciada como rebeldia intolerável. A egolatria é marcada pela necessidade de promoção pessoal, vanglória e arrogância. Os ególatras necessitam de títulos que os façam diferentes. Em se tratando da vocação pessoal, os dons e ministérios não representam habilidades para servir às pessoas; eles são, isso sim, títulos particulares, espécie de insígnias ostentadas como demonstração de poder e domínio. Nos ambientes marcados pela egolatria, títulos que, em si mesmos, em nada credenciam seus detentores como sobre-humanos – como pastor, padre, bispo, apóstolo –, assumem um significado de divinização de indivíduos em seus feudos religiosos e redes de submissão ao seu controle.
Na espiritualidade ególatra, o sacerdote se confunde com a divindade. O agente mágico e a divindade fundem-se numa só personalidade. Mas o ego-deus é materialista, possessivo, vingativo; seu discurso não glorifica ao único Deus, Senhor dos céus e da terra, mas favorece a própria dominação, estimula a vassalagem dos seguidores e legitima a dinâmica do poder. A legítima pregação bíblica é substituída por um discurso caracterizado por frases-feitas e palavras de ordem supostamente capazes de mover a mão divina, decretar a bênção e promover bem estar físico e material aos adeptos – normalmente, em troca dos chamados sacrifícios, quase sempre realizados através do dinheiro.
Se, numa determinada comunidade, as pessoas estão dando mais ênfase à experiência espiritual que isola, discrimina os de fora e põe os supostamente espiritualizados em pedestais, é bem provável que estejamos diante da espiritualidade egolátrica, e não do modelo proposto por Jesus Cristo. No Evangelho de Cristo, o que é aparentemente oculto é revelado aos pequeninos do seu Reino. As boas novas “escondidas” em Deus, de fato, estavam sempre presentes; todavia, os seres humanos sofisticados não compreenderam a singeleza dessa mensagem: a de que aos pobres e aos pequeninos é que foram reveladas as boas novas a respeito do Reino de Deus (Lucas 10.18-19). As “revelações” recebidas pelos poderosos dos empreendimentos religiosos não dizem respeito à mesma revelação anunciada pelo Filho de Deus aos pobres e pequeninos.
É muito importante que saibamos discernir entre a espiritualidade revelada por Jesus de Nazaré e aquela praticada nas ambiências egolátricas da cristandade brasileira.
Por: cristianismo hoje / Carlos Queiroz
http://cristianismohoje.com.br/materia.php?k=848&__akacao=839398&__akcnt=df036db4&__akvkey=0e92&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=CH+12+Maio

terça-feira, 8 de maio de 2012

Igrejas inclusivas - Uma ameaça ou uma parceira na pregação do evangelho?


Igrejas inclusivas crescem no Brasil; ‘isso é apostasia e desrespeito’, afirma apologista cristão
Igrejas inclusivas crescem no Brasil, informaram especialistas a pedido da BBC Brasil. Segundo a reportagem da publicação, há a existência de pelo menos dez diferentes congregações de igrejas gay-friendly no país, com mais de 10 mil fiéis e mais de 40 missões e delegações.
As igrejas estão concentradas principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, sendo compostas principalmente por solteiros e casais, de diferentes níveis sociais, informaram os especialistas. O movimento ganhou força com as campanhas contra a homofobia.
Uma pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) afirma que através da pregação da tolerância, “as igrejas permitem a manifestação da fé na tradição cristã independente da orientação sexual”, segundo a BBC Brasil.
Membros de tais igrejas alegam que não podiam sua fé abertamente, tendo muitas vezes que esconder sua orientação sexual ou são até mesmo sendo expulsos das igrejas tradicionais. Nessas igrejas inclusivas, eles podem professar abertamente mesmo sendo homossexuais.
Mas, embora elas ainda preguem o celibato antes do casamento e a monogamia depois do casamento, as igrejas inclusivas enfrentam grande resistência das comunidades católicas e evangélicas.
Para o pastor e apologista cristão, João Flávio Martinez, a atitude dessas igrejas não é de inclusão, mas de “apostasia e desrespeito” ao corpo de Cristo. Martinez afirmou, em entrevista ao The Christian Post que a igreja “tem que amar, mas não perder a firmeza e a convicção”.
“A igreja brasileira deve lidar com isso como a Bíblia ensina, ou seja, não devemos nos associar aos devassos e que se dizendo irmãos fazem todo tipo de torpeza (I Co 5.11)” disse ele ao CP.
Ele discorda das alegações de que os homossexuais tem que esconder sua orientação sexual ou que são expulsos das igrejas tradicionais. Segundo ele, a igreja os tem tratado bem, mas o problema é o fato deles quererem “rasgar a verdade bíblica”.
“E isso a igreja verdadeira não fará. Cristo ama o pecador, mas não aceita o pecado ainda que seja ‘em nome de Jesus’”, afirmou.
Para resolver o problema da homossexualidade, o apologista urge que a igreja evangélica brasileira bem como os Cristãos em geral, sejam mais reticentes em pregar com veemência a palavra de Deus, inclusive contra o pecado.
“A igreja atual acha politicamente incorreto falar contra o pecado, mas não temos opção, somente pela potência da palavra de Deus teremos pessoas livres do pecado e redimidas pela Graça do Senhor”.
Fonte: The Christian Post, citado em 30/04/2012
Qual a sua opinião a esse respeito, a igreja deve ser flexível ou deve manter a postura ortodoxa?

Resultado da enquete realizada no blog
ENQUETE: Um pergunta bombástica: Você faria amizade com um homo afetivo (gay ou lésbica)?
Sim – Pois a opção sexual é pessoal e não interfere em nada na minha vida
Não – Pois não seria cabível um relacionamento sadio entre um heterossexual e homossexual
Talvez – Depende do caráter do outro, pois independente de opção sexual o que vale é o caráter
75 % RESPONDEU : TALVEZ
Em breve comentário do blog sobre o assunto.

sábado, 5 de maio de 2012

A Heresia do Egocentrismo



John MacArhtur, autor de mais de 150 livros e conferencista internacional, é pastor da Grace Comunity Church, em Sum Valley, Califórnia, desde 1969; é presidente do Master's College and Seminary e do ministério "Grace to You"; John e sua esposa Patrícia têm quatro filhos e quatorze netos.

"Não negligencieis a prática do bem e a mútua cooperação [koinonia]"
Hebreus 13.16
O egocentrismo não tem lugar na igreja. Nem devíamos dizer isso, mas, desde o alvorecer da era apostólica até hoje, o amor próprio em todas as suas formas tem prejudicado incessantemente a comunhão dos santos. Um exemplo clássico e antigo de egocentrismo fora de controle é visto no caso de Diótrefes. Ele é mencionado em 3 João 9-10, onde o apóstolo diz: "Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja".
Diótrefes anelava ser o preeminente em sua congregação (talvez até mais do que isso). Portanto, ele via qualquer outra pessoa que tinha autoridade de ensino – incluindo o apóstolo amado – como uma ameaça ao seu poder. João havia escrito uma carta de instrução e encorajamento à igreja, mas, por causa do desejo de Diótrefes por glória pessoal, ele rejeitou o que o apóstolo tinha a dizer. Evidentemente, ele reteve da igreja a carta de João. Parece que ele manteve em segredo a própria existência da carta. Talvez ele a destruiu. Por isso, João escreveu sua terceira epístola inspirada para, em parte, falar a Gaio sobre a existência da carta anterior.
Na verdade, o egoísmo de Diótrefes o tornou culpado do mais pernicioso tipo de heresia: ele rejeitou ativamente e se opôs à doutrina apostólica. Por isso, João condenou Diótrefes em quatro atitudes: ele rejeitou o ensino apostólico; fez acusações injustas contra um apóstolo; foi inóspito para com os irmãos e excluiu aqueles que não concordavam com seu desafio a autoridade de João. Em todo sentido imaginável, Diótrefes era culpado da mais obscura heresia, e todos os seus erros eram frutos de egocentrismo.
Em nosso estado caído, estado de carnalidade, somos todos assediados por uma tendência para o egocentrismo. Isto não é uma ofensa insignificante, nem um pequeno defeito de caráter, nem uma ameaça irrelevante à saúde de nossa fé. Diótrefes ilustra a verdade de que o amor próprio é a mãe de todas as heresias. Todo falso ensino e toda rebelião contra a autoridade de Deus estão, em última análise, arraigados em um desejo carnal de ter a preeminência – de fato, um desejo de reivindicar para si mesmo aquela glória que pertence legitimamente a Cristo. Toda igreja herética que já vimos tem procurado suplantar a verdade e a autoridade de Deus com seu próprio ego pretensioso.
De fato, o egocentrismo é herético porque é a própria antítese de tudo que Jesus ensinou ou exemplificou. E produz sementes que dão origem a todas as outras heresias imagináveis.
Portanto, não há lugar para egocentrismo na igreja. Tudo no evangelho, tudo que igreja tem de ser e tudo que aprendemos do exemplo de Cristo golpeia a raiz do orgulho e do egocentrismo humano.
Koinonia
As descrições bíblicas de comunhão na igreja do Novo Testamento usam a palavra grega koinonia. O espírito gracioso que essa palavra descreve é o extremo oposto do egocentrismo. Traduzida diferentemente por "comunhão", "compartilhamento", "cooperação" e "contribuição", esta palavra é derivada dekoinos, a palavra grega que significa "comum". Ela denota as ideias de compartilhamento, comunidade, participação conjunta, sacrifício em favor de outros e dar de si para o bem comum.
Koinonia era uma das quatro atividades essenciais que mantinha os primeiros cristãos juntos: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão [koinonia], no partir do pão e nas orações" (At 2.42). O âmago da "comunhão" na igreja do Novo Testamento era culto e sacrifício uns pelos outros, e não festividade ou funções sociais. A palavra em si mesma deixava isso claro nas culturas de fala grega. Ela foi usada em Romanos 15.26 para falar de "uma coleta em benefício dos pobres" (ver também 2 Co 9.3). Em 2 Coríntios 8.4, Paulo elogiou as igrejas da Macedônia por "participarem [koinonia] da assistência aos santos". Hebreus 13.16 diz: "Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação [koinonia]". Claramente, o egocentrismo é hostil à noção bíblica de comunhão cristã.
Uns aos outros
Esse fato é ressaltado também pelos muitos "uns aos outros" que lemos no Novo Testamento. Somos ordenados: a amar "uns aos outros" (Jo 13.34-35; 15.12, 17); a não julgar "uns aos outros" e ter o propósito de não por tropeço ou escândalo ao irmão (Rm 14.13); a seguir "as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Rm 14.19); a ter "o mesmo sentir de uns para com os outros" e acolher "uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus" (Rm 15.5, 7). Somos instruídos a levar "as cargas uns dos outros" (Gl 6.2); a sermos benignos uns para com os outros, "perdoando... uns aos outros" (Ef 4.32); e a sujeitar-nos "uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5.21). Em resumo, "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo" (Fp 2.3).
No Novo Testamento, há muitos mandamentos semelhantes que governam nossos relacionamentos mútuos na igreja. Todos eles exigem altruísmo, sacrifício e serviço aos outros. Combinados, eles excluem definitivamente toda expressão de egocentrismo na comunhão de crentes.
Cristo como cabeça de seu corpo, a igreja
No entanto, isso não é tudo. O apóstolo Paulo comparou a igreja com um corpo que tem muitas partes, mas uma só cabeça: Cristo. Logo depois de afirmar, enfaticamente, a deidade, a eternidade e a proeminência absoluta de Cristo, Paulo escreveu: "Ele é a cabeça do corpo, da igreja" (Cl 1.18). Deus "pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo" (Cl 1.22-23). Cristãos individuais são como partes do corpo, existem não para si mesmos, mas para o bem de todo o corpo: "Todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor" (Ef 4.16).
Além disso, cada parte é dependente de todas as outras, e todas estão sujeitas à Cabeça. Somente a Cabeça é preeminente, e, além disso, "se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam" (1 Co 12.26).
Até aquelas partes do corpo aparentemente insignificantes são importantes (vv. 12-20). "Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo?" (vv. 18-19).
Qualquer evidência de egoísmo é uma traição de não somente o resto do corpo, mas também da Cabeça. Essa figura torna o altruísmo humilde em virtude elevada na igreja – e exclui completamente qualquer tipo de egocentrismo.
Escravos de Cristo
A linguagem de escravo do Novo Testamento enfatiza, igualmente, esta verdade. Os cristãos não são apenas membros de um corpo, sujeitos uns aos outros e chamados à comunhão de sacrifício. Somos também escravos de Cristo, comprados com seu sangue, propriedade dele e, por isso, sujeitos ao seu senhorio.
Escrevi um livro inteiro sobre este assunto. Há uma tendência, eu receio, de tentarmos abrandar a terminologia que a Escritura usa porque – sejamos honestos – a figura de escravo é ofensiva. Ela não era menos inquietante na época do Novo Testamento. Ninguém queria ser escravo, e a instituição da escravidão romana era notoriamente abusiva.
No entanto, em todo o Novo Testamento, o relacionamento do crente com Cristo é retratado como uma relação de senhor e escravo. Isso envolve total submissão ao senhorio dele, é claro. Também exclui toda sugestão de orgulho, egoísmo, independência ou egocentrismo. Está é simplesmente mais uma razão por que nenhum tipo de egocentrismo tem lugar na vida da igreja.
O próprio senhor Jesus ensinou claramente este princípio. Seu convite a possíveis discípulos foi uma chamada à total autorrenúncia: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lc 9.23).
Os doze não foram rápidos para aprender essa lição, e a interação deles uns com os outros foi apimentada com disputas a respeito de quem era o maior, quem poderia ocupar os principais assentos no reino e expressões semelhantes de disputas egocêntricas. Por isso, na noite de sua traição, Jesus tomou uma toalha e uma bacia e lavou os pés dos discípulos. Sua admoestação para eles, na ocasião, é um poderoso argumento contra qualquer sussurro de egocentrismo no coração de qualquer discípulo: "Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.14-15).
Foi um argumento do maior para o menor. Se o eterno Senhor da glória se mostrou disposto a tomar uma toalha e lavar os pés sujos de seus discípulos, então, aqueles que se chamam discípulos de Cristo não devem, de maneira alguma, buscar preeminência para si mesmos. Cristo é nosso modelo, e não Diótrefes.
Não posso terminar sem ressaltar que este princípio tem uma aplicação específica para aqueles que estão em posições de liderança na igreja. É um lembrete especialmente vital nesta era de líderes religiosos que são superestrelas e pastores jovens que agem como estrelas de rock. Se Deus chamou você para ser um presbítero ou mestre na igreja, ele o chamou não para sua própria celebridade ou engrandecimento. Deus o chamou a fazer isso para a glória dele mesmo. Nossa comissão é pregar não "a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos [escravos], por amor de Jesus" (2 Co 4.5).
Traduzido por: Francisco Wellington Ferreira
Editor: Tiago Santos
Copyright © John MacArthur & Tabletalk
Copyright © Editora FIEL 2012.

Publicado originalmente na Revista Tabletalk, nº 3, Vol. 36, do ministérioLigonier.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Jovens: "Perguntai pelas veredas antigas"



Por: Ciro Sanches Zibordi

Qualquer super-pregador ou cantor-ídolo da atualidade diria a um auditório repleto de jovens: “Avance! Acredite nos seus sonhos! Prossiga! Você nasceu para vencer! Não volte atrás”. Entretanto, como eu sou assumidamente “do contra”, a minha mensagem neste artigo destinado à juventude cristã é: “Volte, retroceda enquanto há tempo”. E vou me basear em Jeremias 6.16:
“Ponde-vos no caminho, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele, e achareis descanso para as vossas almas”.
Você já percebeu como muitos jovens cristãos preenchem os seus vazios com elementos do mundo? Estimulados por líderes sem compromisso com a Palavra de Deus — os quais negociam o inegociável —, identificam-se mais e mais com os padrões mundanos (Rm 12.1,2; 1 Jo 2.14-17).
O que o torna diferente da juventude descrente, caro jovem? Piercing? Tatuagem? Dança? Visual descolado? Shows? Baladas gospel? Estilos musicais como rap? Aliás, a “cançaum” gospel do momento é um rap que diz:
“Não seja tolo, otário; por que estás assim? Você é responsável por tua vida estar ruim; não dê mais mole pro inimigo pra te acusar; abre a tua boca e comece a cantar... Eu não vou dar bandeira, seguirei até o fim... Ele te chamou pra ser mais que vencedor”.
Bem, era uma vez um rei chamado Ezequias... No seu reinado, ele perguntou pelas “veredas antigas”. Sabe o que aconteceu? Ninguém pensou em empregar inovações no louvor a Deus, pois os levitas foram orientados a ficarem em pé com os instrumentos de Davi (2 Cr 29.26). Ninguém usou novos instrumentos, mas “os instrumentos de Davi”!
“Então, o rei Ezequias e os maiorais disseram aos levitas que louvassem ao SENHOR com as palavras de Davi e de Asafe... E louvaram com alegria, e se inclinaram, e adoraram” (2 Cr 29.30). Além dos instrumentos, os levitas empregaram “as palavras de Davi e de Asafe”! Mas, sabe de uma coisa? Os “levitas” de hoje preferem o mundo! Eles não querem perguntar pelas “veredas antigas”.
Quais são os CDs do momento, os que mais atraem a “moçada”? São os que apresentam “akela cançaum” de auto-ajuda... Não estou dizendo que todos os “hinos” da atualidade são antibíblicos. Mas tente encontrar algum que fale do sacrifício de Jesus na cruz, da sua ressurreição, da sua vinda ou pelo menos um que glorifique a Deus.
Os jovens têm ojeriza da Harpa Cristã, de outros hinários tradicionais e de composições um pouco mais antigas. Hoje, em nome da “contextualização”, hinos que enaltecem as verdades da Bíblia são rejeitados! A preferência é pelos “hinos” que, numa linguagem contemporânea, desafiam e xingam o Diabo ou deixam a “galera” de “alto astral”.
Um dos hinos “ultrapassados” que alegram o meu coração tem a seguinte letra:
“Meus pecados levou na cruz onde morreu o sublime e meigo Jesus; os desprezos sofreu, a minh‘alma salvou e mudou minhas trevas em luz”.
Você pode estar pensando: “Que canção down, que coisa mais careta, brother. Ih, nunca mais vou entrar neste blog... Esse cara pirou geral”. Não, não vá embora, por favor... “Ouça-me” mais um pouco... Sabe o que diz a Bíblia, em Provérbios 24.21?
"Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei, e não te entremetas com os que buscam mudanças".
Eu sei que a sua geração prefere ouvir o “som dos adoradores”, que, na verdade, são canções humanistas, que falam de “sonhos” ou desafiam o Inimigo, e num ritmo pra lá de dançante... Sei também que não apenas as letras triunfalistas o prendem; você se “amarra” num estilo musical tipo dance, aprecia um soul, um hip-hop, não é mesmo?
No fundo, no fundo, não é bem a adoração que atrai você, e sim o som, a batida, o agito, a galera vibrando e gritando... É isso que preenche a “moçada” de hoje. Quase ninguém está disposto a renunciar-se a si mesmo para seguir a Cristo (Lc 9.23), nem a deixar as suas preferências pessoais... E, como as gravadoras sabem disso, continuarão investindo nesse tipo de “cançaum” parecida com as mundanas... Não se iluda pensando que letras supostamente cristãs purificam estilos impróprios para o louvor.
Você pode não dar crédito a este quase solitário defensor das “veredas antigas”, mas precisa reconquistar o que perdeu. Sabia que há alguns anos os jovens, em vez de passarem a noite dançando e jogando conversa fora em uma balada gospel, preferiam participar de uma vigília, orando e estudando a Bíblia? Volte, volte, volte, jovem! Pergunte pelas "veredas antigas"!
Há alguns anos, não havia espaço para shows! Infelizmente, os grupos e cantores se contaminaram pelos interesses comerciais e pela fama, deixando de lado a verdadeira adoração! Mas tente acompanhar os passos de Jesus... Se o Mestre vivesse hoje, aprovaria o que chamam de “adoração profética”, “adoração extravagante” ou “louvor sem limites”? Você acha mesmo que Ele participaria de uma balada gospel?
Esse distanciamento das “veredas antigas” começou de maneira moderada, timidamente, e hoje ocorre a passos largos. Nas baladas gospel, com o incentivo de líderes inescrupulosos, as meninas já dançam até ao chão! São moças que se dizem salvas, porém dançam como as freqüentadoras de bailes funk, sob olhares petrificados dos "santos" meninos...
Você pode pensar que sou um pastor desatualizado, extremista, que não aceita inovações. Pense o que quiser! Mas eu só tenho 37 aninhos... e também gosto de diversão, de um bom papo e de outras coisas que empolgam a “moçada”. Contudo, o que deve prevalecer não é o que eu e você gostamos de fazer, e sim a vontade do Pai que está nos Céus (Mt 7.21,22).
Como disse Paulo, caro jovem, “é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Rm 13.11). E ainda: “Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef 5.14). Pergunte, pois, pelas “veredas antigas” e ande pelo bom caminho! Volte! Só assim você encontrará o verdadeiro descanso para a sua alma. Acredite!