terça-feira, 31 de julho de 2012

Questionando a verdade em prol da unidade!


Para manter a unidade de uma comunidade muitos desprezam a verdade, que poderia denunciar o erro e salvar uma vida; Em que lado você está? Somente a verdade do evangelho pode trazer verdadeira unidade ou koinonia.

A valorização da ausência de moralidade é extremamente cômoda nos dias atuais, a verdade é descartável e ajustável, a sinceridade é tida como ultrapassada e desnecessária inclusive em lugares e relacionamentos que têm como marketing principal a verdade, é paradoxal, mas é verdadeira essa reflexão. Compartilhamos de filosofias que leva a uma unidade que contradiz com a verdade da Koinonia do Evangelho de Cristo, amamos e somos amados por sermos coniventes com o erro e não com a verdade, corremos o risco de nos tornamos uma unidade e ou comunidade de erro.
O que mais encontramos em igrejas locais são pessoas em luta pela unidade, mas nem sempre pela verdade. Parece ser mais elegante está dentro da idéia do politicamente correto, e assim construir uma idéia de unidade ou concordância com o erro para viver em paz com todos. O fato de essa postagem apresentar uma característica irônico, não vem contradizer princípios bíblicos como a declaração em Rm 12.18 “se possível segui a paz com todos”, (não adianta está em paz com o mundo se a consciência condena, a paz no verdadeiro cristão opera mesmo em meio aos conflitos, isto está acima da compreensão de filosofias humana e tem um valor incalculável).
Se levantássemos uma pesquisa para saber o que o povo mais busca na igreja entre dois grandes valores do cristianismo como “unidade” e “verdade”, teríamos o mesmo resultado para os dois, pois ambos são importantes já que são características do verdadeiro cristianismo, mas o que encontramos na prática são atos histéricos de busca por uma pseudo-unidade e não uma luta constante pela preservação da verdade bíblica onde existe um elo de koinonia com a santidade de Deus. O que presenciamos em algumas igrejas são pessoas que usam até o nome de Deus para pronunciarem falsas palavras e ou falsos ensinamentos levando o povo a uma unidade contraditória aos princípios bíblicos formando uma comunidade de mentiras e hipocrisia.
John MacArthur, em seu livro A Guerra pela verdade, descreve como a igreja está, agora mesmo, sob ataque. “Muita coisa está em jogo”, como diz Albert Mohler, sobre o livro de MacArthur. A mentira e a tolerância têm vindo de forma veloz sobre o povo de Deus, e este tem dado as boas-vindas para aquelas. O povo de Deus está em perigo! Muitos têm sido enganados. E o que faremos? Deixaremos de falar a Verdade em amor? Deixaremos de pregá-la? Deixaremos de mencionar o nome daqueles que a têm pervertido? Não! Devemos fazer como o Apóstolo Paulo em 2Tm 4.10,14; 1Tm 1.19-20; 2Tm 2.16-18 e Gl 2.9-11, dando nome aos responsáveis pelo veneno que tem, falsamente, alimentado muitos que amam sinceramente a Verdade. MacArthur, em um debate no programa Larry King Live, da rede americana CNN, diz que vivemos atualmente uma guerra, e não uma briguinha, mas uma grande guerra “pela integridade, pela autoridade, pela veracidade, pela Inerrância e pela inspiração da Bíblia”, diz MacArthur.
Infelizmente cada um cria a sua própria verdade vivendo uma grande falácia, tudo é relativo, a verdade não existe, o errado passa a ser certo e o certo é questionado, os princípios são ignorados em prol de uma unidade que em nada louva a Deus e tão pouco honra a verdade Deus.
Não estou afirmando que a comunhão ou unidade entre irmãos e ou amigos seja algo prejudicial, mas, trazendo uma reflexão sobre a utilização de forma imparcial da verdade para a edificação da unidade da igreja ou corpo.
Pense nisso.

Adaias Marcos Ramos da Silva.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Os Urubus Gospels da Internet



Muitos, principalmente arrogantes com justificativa de representantes de Deus, sentem prazer em criticar, parecem urubus despedaçando o cadáver, esquecem que os ossos secos podem voltar a ter vida, apesar de saber que sou critico não sinto prazer com o erro. Recentemente encontrei um texto que reflete bem o meu sentimento diante de tais fatos e gostaria de compartilhar. Deus me ajude a criticar com amor e a não perder o foco!
ADAIAS MARCOS RAMOS DA SILVA


"O profeta sente dor em mostrar os erros."
Tenho visto essa categoria aumentar a cada dia, e tenho que confessar que preciso lutar contra mim mesmo para não tornar-me um deles!
Os profetas sempre tiveram um papel fundamental no judaísmo e, no cristianismo, são como torres de vigias, quase nunca se encaixam nos padrões dos “sacerdotes” e estão lá para falar na cara os erros dos falsos profetas, sacerdotes, intérpretes. Os erros do povo de Deus.
Mas existe uma grande diferença entre um profeta e um cara que só gosta de criticar, o profeta é um cara que não se conforma com o erro, mas que ama muito a quem ele está criticando.
Certa vez ouvi a história de uma profetiza que entrou no gabinete pastoral e falou: Pastor, Deus vai destruir a nossa cidade esta semana por causa dos nossos pecados!
O pastor se levantou e olhou nos seus olhos e declarou: Isso que você esta profetizando é falso! E ela com os olhos arregalados perguntou o porque ele falava isso. Ele respondeu: Porque se você fosse profeta de Deus e esta mensagem fosse dele, você falaria isso com lágrimas nos olhos!
Nem sei se esta história é verdadeira, mas ela ensina algo que é muito verdadeiro: o profeta sente dor em mostrar os erros dos da sua casa. Não é prazeroso para ele, ele o faz porque Deus mandou e não tem saída, ele tenta sempre trazer o conserto e a reconciliação.
Com a internet, a voz dos que não eram ouvidos ganhou uma chance, mas com esta chance veio todo o tipo de “profeta” e frustrados religiosos.
Se você varre a sua casa e joga o lixo fora, você é uma pessoa que está se importando apenas coma a casa limpa. Mas se você vai com o seu lixo até o lixão e fica por lá observando os outros lixos, aí então você deixou de se importar com a casa e se encantou pelo lixo.
É isso que tenho visto em alguns blogs, vídeos, twitters aqui na internet. Pessoas que já saíram de casa para morar no lixão, onde ficam mexendo nos lixos gospels para encontrar os mais fedorentos e guardar para sua coleção. Assim, ficam o tempo todo mostrando aberrações gospels e se divertindo com o que Deus se entristece.
Apenas Urubus gostam de ficar o tempo todo em lixões ao redor das carniças. Este tipo de material não traz vida, não traz mudança social e religiosa, mas sim entretenimento bizarro, e isso os profetas nunca fizeram.
Tenho que confessar, eu sou por criação um cara muito crítico, mas não quero transformar meu blog, meu Twitter, minhas peças ou pregações em um lixão onde não me importe mais com a limpeza da casa e sim em sobreviver da carcaça de quem já está morto. Deus me ajude a criticar com amor e a não perder o foco!
Fonte: Marcos Botelho, pastor de jovens da Igreja Presbiteriana de Alphaville e missionário da SEPAL

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pastor “Um Lider” Ou Seja “Um bom Politico”


O tema desta postagem parece provocar quando equiparamos os dois termos “pastor” com “político”, dá a ideia de mistura entre o sagrado e o corrupto, mas o texto não abordará especificamente quem é bom ou ruim mas das coincidências e perigos desses ministérios ou serviços.
Se observamos com reponsabilidade e sem partido chegaremos a conclusão que o serviço pastoral é um serviço de liderança, ou seja ato ou ação de influenciar, pois liderar é ter habilidades para influenciar pessoas à um objetivo ou para alcançar os efeitos desejados sem usar para isso a força, daí a necessidade da utilização de uma política; a grande questão está em quem, como e o que se utilizará para influenciar as pessoas. Nesses três ultimos pontos residem o grande perigo!
Liderança, de forma mais global, é a “capacidade de se influenciar um grupo em direção ao alcance de objetivos” (ROBBINS, Stephen Paul. “Comportamento Organizacional”, 9. ed. - São Paulo: Prentice Hall, 2002).
Podemos definir algumas características gerais que são apresentadas pelos líderes, os chamados valores de liderança, tais como: Ser Exemplo; Guardador da Moral; Corajoso; Desprendido; Toma Iniciativa; Entusiasta; Senso de Humor e Autodisciplina e alguns valores pessoais: Convicção; Autoconfiança; Vocação; Dignidade; Honra; Generosidade e Idealismo, esses são apenas aspectos gerais. Logo, após citarmos estas características, é válido refletirmos sobre as relações que a liderança pode estabelecer. A política pode ser considerada a mais alta organização de líderes em nossa sociedade, em que os diversos representantes dos grupos sociais buscam, através de influência, assegurar os interesses de seus respectivos grupos nessa esfera. Contudo, a política no Brasil como forma de atividade ou de práxis humana tem reproduzido as mais diversas formas de corrupção, fato totalmente contrário à liderança, e por mais que haja o repúdio nada se muda. A ética, a dignidade, a honra são fatores essenciais para qualquer indivíduo e principalmente para um líder.
Um líder é um político, mas nem todo político é um líder, logo um pastor é um político mas nem todo político é um pastor.
O termo política é muita das vezes marginalizado por ignorância a sua vastidão de aplicação e significados, porém não abordaremos definições e sim ideologias, pensamentos e posicionamento crítico construtivo.
Um “pastor líder”, utiliza-se de políticas cristocêntricas, tais como amor, justiça, misericordia, perdão, esperança, paz, prosperidade, qualidade de vida, segurança, educação, saúde, multualidade, respeito a vida, honestidade ... e muito mais. Jesus Cristo deu todo exemplo e a Biblia é o manual.
A pergunta que não quer calar, é possível um “pastor líder” que trabalha com políticas cristocêntricas, adentrar a política (governar ou representar o povo) sem se corromper? Cada um responda como quiser.
Gostaria de citar que um “pastor” é uma pessoa comum, um cidadão que tem os mesmos direitos que outros dentro do território nacional e portanto pode se candidatar a um cargo público desde que prencha os requisitos de lei, inclusive como representante do povo. Nada contra, a questão é, até que ponto ocorrerá equilíbrio administrativo e pessoal entre as políticas cristocêntricas e as tentações de políticas fraudulentas existentes nesse meio.
Líderes como “pastor”, estão preparados para enfrentar tais campos de batalha, ou melhor quem está? As consequências de uma falha cometida por um lider religioso são muito maiores do que as de outra pessoa da sociedade, pois de um líder religioso se espera exemplo em tudo, mesmo sabendo que este é humano e portanto sujeito a falhas.
Outra pergunta que não quer calar; O que motiva um “pastor líder” a enveradar por caminhos perigosos como “política” (governar ou representar o povo), seria amor, compaixão ou justiça em prol do povo? Cada um responda como quiser.
Não estou induzindo que a “igreja” ou um “pastor” deva se omitir diante de decisões arbitrárias e contrárias aos princípios bíblicos ou humanitários, como exemplo aborto, homoxessualidade, eutanazia, crises socioeconômicas e etc.
Não ignoro a necesssidade de pessoas idôneas e cristãs serem representante do povo, e ou especificamente na política. Essas são características ideais, mas, o objetivo nesse momento é trazer uma reflexão de forma racional, sobre os riscos que rodeiam o campo da política nacional. O blog não tem o objetivo de condenar niguem e nem tão pouco afirma que é pecado concorrer a cargos políticos.
Vale a pena um “pastor”, colocar em cache a chamada ministerial, o bom nome de “ministro do evangelho”, ainda que, por boa intenção e ou por ter o perfil de influenciador ingressar na carreira política, com a justificativa de que é a melhor opção para servir ao povo e o mais contraditório servir a uma igreja, já que o marketing atual é “sou diferente”, “sou o candidato da igreja”, “sou evangélico”,  “vou trabalhar para ajudar os crentes”, “trabalho para Cristo e os outros para o anticristo” e outras frases absurdas, que chega a causar nauseas e vergonha.
Um pastor por natureza de ofício adquire habilidades para influenciar, tonando-se um indivíduo extremamente cotado para concorrer a cargos de natureza política, o que tem atraido a muitos dentro e fora das igrejas.
Pastor é um líder político dentro de sua comunidade “eclesia”, a questão é, que política está sendo aplicada na comunidade cristã,  “cristocêntrica” ou “antropocêntrica recheada com egolatria pura”.
Políticos éticos estão entrando em extinção, é algo raro, mas, o que chama a atenção é um “pastor líder” ter ambição por política (governar ou representar o povo), seria isso uma chamada ou pura ganancia por poder ou status. O caso é tão sério que igrejas se dividem, racham, irmãos se odeiam em época de eleição. Isso é irônico, logo nós, cristãos que levamos no peito o distintivo chamado amor. Os conceitos se misturam, não sabemos mais diferenciar uma política de outra.
Para o sociólogo Antonio Flávio Pierucci, da USP, a maior influência das igrejas é o poder de voto, Segundo ele “não existe voto religioso no sentido de um grupo votar em quem o pastor manda, mas a religião pode levar o cidadão a não escolher determinado candidato que apoia bandeiras contrárias a sua fé”. O que é unânime para todos os estudiosos é o crescente interesse dos partidos políticos nos eleitores cristãos, sobretudo nos evangélicos, que vem ganhando grande espaço no país.
A igreja de Cristo como organização é livre e como organismo alem de livre é poderosa. O cristão como cidadão tem o dever de não vender o voto, e, como direito votar em quem acredita.
A ação do momento é orar e avaliar, no dia da eleição a ação será votar (escolher) orando, para que Deus nos conceda líderes éticos, democráticos, cristocêntricos e que vivam para o bem de todos.
É responsabilidade do pastor líder, agir com temor a Deus, ou seja, usar com honestidade as habilidades políticas para orientar o povo sem interferir no seu direito de escolha. O povo não precisa de cabresto mas da Palavra de Deus.
ADAIAS MARCOS RAMOS DA SILVA
PASTOR
Na Bíblia, "pastor" pode ser alguém que, literalmente, cuida de ovelhas. A forma singular acha-se no AT somente em Jr 17:16. A forma plural aparece por dezessete vezes, dentre os quais os trechos de Jr 2:8; 3:15; 10:21; 23:1,2 servem de exemplo. Na língua hebraica, o termo correspondente é raah, baseada na idéia de "cuidar dos rebanhos", "dar pasto". Já no NT, o termo grego correspondente é poimen, um substantivo que figura somente em Ef 4:11, onde o pastor aparece como alguém que Deus deu à Igreja como um dom. Jesus é o principal Pastor, segundo se vê no Evangelho de João, capítulo dez; e todos os demais pastores são subpastores. Uma palavra grega cognata é poimanate, que significa "pastoreai", "dai pasto" (1Pe 5:2). Esse pastoreio espiritual deve incluir um ensino sério, além do trabalho de cuidar das ovelhas, em todos os sentidos. Jesus é chamado de "o grande Pastor" em Hb 13:20. Pedro, por sua vez, chamou-O de "Pastor e Bispo (Supervisor) das vossas almas" (1Pe 2:25). Assim, os bons pastores são imitadores dAquele, e da parte dEle recebem sua inspiração e orientação. Ele é o Bom Pastor que deu a Sua vida pelas suas ovelhas (cf. Jo 10:2,11,14,16).
PASTORES E DOUTORES
No grego, poimenas, "provedores de pasto" kai "e" didaskalous "ensinadores". São aquelas pessoas levantadas por Deus, que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Além disto, compete-lhes cuidar da sã doutrina, refutar as heresias, ensinar a Palavra de Deus e dirigir a congregação local. Pastores são Ministros que cuidam do rebanho, tendo como modelo Jesus o Bom Pastor (Jo 10:11-16). Como Doutor e atalaia, uma das funções primordiais do Pastor é zelar por suas ovelhas de forma que todo "vento de doutrina" seja refutada (cf. Ef 4:14) e todo crente seja admoestado a "lutar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (cf. Jd 3). Os pastores como domatos (ou seja, como Dons Ministeriais), são os legítimos representantes de Deus no que tange à disciplina e utilização dos dons espirituais, conforme o claro ensino de Paulo em Ef 4:11-16.
Dicionário Teológico Brasileiro - Lázaro Soares De Assis

domingo, 15 de julho de 2012

Vivendo o Salmo 23



Salmo 23 um dos Salmos que pessoalmente mais consola a minha alma, principalmente em tempos de guerra, aflição e escassez. Mesmo quando atravesso o deserto tenho a firme convicção e esperança que não estou só e que o Pastor do Salmo 23 não falha, não explora, não despreza, mas, ama, consola, ajuda, protege, socorre, alimenta, unge, sara e se necessário for põe nos braços e leva ao lugar seguro.
   
Este Pastor não é qualquer pessoa, não é um líder político ou religioso, não é desse mundo e nem se limita a dimensões, mas, é o Senhor dos senhores, Reis dos reis e Deus dos deuses, conhece cada uma das suas ovelhas pessoalmente e particularmente, deu a vida pelas mesmas, as suas ovelhas conhece a sua voz, esse Pastor só pode sê Jesus meu Salvador.

É consolador saber que nosso bom pastor é Jesus, somente Ele em meio às crises não deixará faltar nada, somente Ele guiará para pastos verdes e águas tranquilas, somente Ele traz refugio e segurança à alma triste e desesperada, somente Ele defende, socorre e corrige suas ovelhas com eficácia, somente Ele sara e abençoa suas ovelhas diante dos inimigos e por fim somente Ele faz habitar em lugar seguro para todo sempre.


Salmo 23


1 – O Senhor é o meu pastor, nada me faltara.

2- Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.

3- Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.

4- Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e teu cajado me consolam.

5- Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

6- Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.


O Salmo 23 é, sem duvida, o mais conhecido e querido de todos os Salmos. Nenhum outro salmo toca tão profundamente em nossas emoções, fala da paz e serenidade tão profundas, que nem sequer a ameaça da sombra da morte pode perturbá-las. Há neste cântico (salmo) sublime o conceito de confiança nos cuidados que Deus nos dedica ilustrado pelo relacionamento entre o Pastor e as ovelhas.


Embora a linguagem seja simples e o significado claro, ninguém foi capaz de exaurir a mensagem do poema ou melhorar sua beleza serena. O Salmo do Bom Pastor, este tem sido chamado “A Perola dos Salmos”. Davi escreveu sobre o cuidado que o pastor tem com a ovelha, Davi conhecia bem o que estava escrevendo, pois estava acostumado a lidar com ovelhas, conforme 1 Sm. 16 11.· “Disse mais Samuel a Jessé. Acabaram os jovens? Ainda falta, e eis que apascenta as ovelhas”.


Scroggie escreve sobre o Salmo 23 o seguinte: “Com este salmo milhares tem vivido, na fé dele milhares tem morrido. Que mais podemos querer do que o Cristo aqui revelado? Ninguém o conhece como seu Pastor que não o conheça com seu Salvador”.


Este Salmo é atribuído a Davi, conforme a tradição judaica; Davi provavelmente teria escrito este Salmo quando estava cercado em um oásis, à noite por tropas de um rei inimigo, daí o salmo inserir tamanha confiança na providencia divina contra os inimigos.


Pensamento Textual Pastoreando Ovelhas.



1. O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.

1.1-                 O Senhor é o meu pastor


No Hebraico Jeová – Raá (O Senhor é o Pastor), fala da soberania do Pastor, da excelência do relacionamento entre pastor e ovelha, pois o pastor é quem conduz, guia , governa, sustenta, alimenta. As ovelhas por sua vez o seguem obedecem, amam e confiam no Pastor.


O salmista conhecia reis, profetas, sacerdotes, generais, mas para expressar melhor a sua visão de Deus, tomou emprestada a figura de um bondoso pastor de ovelhas, e o seu relacionamento com o rebanho. Davi sabia o que era ser pastor, pois exercera esta atividade quando jovem. Salmos 78.70, 71- Também elegeu a Davi seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas; E o tirou do cuidado das que se acharam prenhes; para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança.


1.2 -Nada me faltará
Jeová- Jiré : o Senhor que provê


Fala do cuidado e do amor de Deus para com seus servos, individualmente e coletivamente. Ele não deixa faltar nada que seja útil e necessário à vida do crente fiel que se comporta como ovelha, buscando obedecê-lo e fazendo sua vontade. Se o Bom Pastor não nos dá algo é porque, certamente não é bom para nós. Mas tudo aquilo de que necessitamos para nosso bem.


2,3 - Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.

Refrigera a minha alma; guia- me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.


O Bom Pastor se preocupa com o seu rebanho, pois ele não lhe dá qualquer tipo de pastagem. Ele sonda primeiro o pasto e certifica-se de que aquele pasto é apropriado para alimentar a sua ovelha. O Bom Pastor sabe que quanto melhor alimentada esteja sua ovelha melhor rendimento esta lhe dará. A ovelha produz leite e lã, que servem de fonte de renda para cuidar do Pastor, Jesus disse: João 10.9 - Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.


O Pastor cuidadoso leva as ovelhas a se alimentarem nos verdes pastos, diante de águas tranquilas, apropriadas para dessedentar-lhes a sede, como a ovelha tem medo de águas muito agitadas o sábio pastor conduz para uma fonte calma, onde possa beber sossegada. Em meio ao calor sufocante, o pastor procurava lugares altos, onde as ovelhas pudessem sentir o soprar do vento suave, Nosso pastor Jesus, nos refrigera a alma. Ele prometeu e enviou o Consolador.


Isaias 41.10- Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.


4- Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte, não temeria mal algum, por que tu estas comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.


O pastor tem que garantir a segurança da ovelha, Jesus disse: João 10.11 - Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.


Davi sabia bem o que era o vale da sombra e da morte, pois na vida havia enfrentado muitos vales tais:

· O desafio com Golias

· Os constantes enfrentamentos com seu sogro Saul, porem havia segurança em Davi pois tinha o Senhor como seu Protetor, e nada podia abalar-lhe.


Neste verso destacam-se duas ferramentas de uso do Pastor:


1) Vara Em Hebraico shábet , instrumento de defesa usada pelos pastores de ovelhas para afugentar lobos, leões e ursos, Era uma espécie de bastão não muito longo, porem muito resistente. Vara nas escrituras representa autoridade, correção, Jesus disse: João 10. 12 – 15: Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.


2) Cajado Segundo Matthew Henry, o cajado é um instrumento distinto da vara, usado para resgatar a ovelha quando caem em algum precipício, podendo içá-las. Como instrumento de misericórdia, o cajado fala de proteção e é indicado para dar direção.


Parábola da ovelha perdida: (Lucas 15: 4- 7) Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso; E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.


5- Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.


Azeite usado para tratar as feridas das ovelhas.

O bom anfitrião, na Palestina ungia o visitante com óleo, era um gesto de honra, neste salmo o Senhor unge sua ovelha com óleo, ou azeite perfumado, representando a unção de Deus através de seu Espírito Santo. Pelo motivo de as narinas da ovelha ser facilmente feridas ou infectadas: o pastor utiliza óleo como agente de cura e proteção. Onde há moscas que podem perturbar as ovelhas, o óleo as mantém afastadas. Quando o óleo é aplicado sobre a ovelha ela muda imediatamente o seu comportamento, acaba a irritação e a inquietude. A ovelha volta a pastar com tranquilidade e permanece em pacifico contentamento.


Obrigado Jesus por me fazer membro do teu aprisco (Reino de Deus).