sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Servindo A Escola Bíblica Dominical - Lição 6




Lição 6 (Jonas – A Misericórdia Divina) -  CPAD
 11 de Novembro de 2012


O LIVRO DO PROFETA JONAS

Lições do livro do profeta Jonas.

Se você já pensou que algumas pessoas não tem mais jeito, é tão mau que não pode ser mudada, o livro de Jonas pode revolucionar esse seu modo de pensar. “Pense nos assassinos em série, nos estupradores, nos traficantes de drogas, nos assaltantes violentos e covardes, nos terroristas que tiram vidas de pessoas inocentes”; não é contrário á natureza desejar o castigo desses indivíduos violentos e cheios de ódio. Esse livro, no entanto, mostra que Deus quer estender sua graça e sua misericórdia exatamente aqueles que temos a tendência de desprezar ou considerar fora do alcance da redenção.

O livro de Jonas é um desafio a nossa fé, é um livro-teste da Bíblia. Nossa atitude para com o livro de Jonas revela nossa atitude para com Deus e sua Palavra. Para nós a história de Jonas é natural ou sobrenatural? É muito importante nossa resposta. Se não cremos na história de Jonas, abrimos brechas para que a Bíblia seja colocada em dúvida.

O Profeta Jonas

Jonas (“pombo”) era filho de Amitai, que veio de Gate-Hefer (khirbet ez-Zurra´), cerca de 5 Km a nordeste de Nazaré.  É mencionado em 2 Rs. 14.25 como:

  1. Um servo, filho do profeta Amitai, e profeta de Israel do Reino do Norte, durante o reinado de Jeroboão II (793-753 a. C.);
  2. Como um cidadão de Gate-Hefer, que distava entre 3 e 4 km ao norte de Nazaré na Galiléia. “Os fariseus, pois, estavam enganados quando alegaram que nenhum profeta jamais surgiria da Galiléia (Jo 7.52)”.
  3. O ministério de Jonas teve lugar pouco depois do de Eliseu (2 Rs 13.14-19), coincidiu parcialmente com o de Amós (Am 1.1) e foi seguido pelo de Oséias (Os 1.1). Embora o livro não declare o nome do autor, provavelmente foi o próprio Jonas quem o escreveu.
O arrependimento de Nínive

Diante da pregação de Jonas, ocorreu no reinado de um destes dois monarcas assírios:
(I)                 Adade-Nirari III (810-782 a.C.),
(II)               Assur-Dan III (772-755 a.C.).
Adade-Nirari III (810-782 a.C.) cujo governo foi marcado por uma tendência para o monoteísmo no culto do deus Nabu (Nebu). Foi nos anos finais desse reinado ou no inicio do de Assur-Dan III (772-755 a.C.) que Jonas chegou a Nínive. Impossível saber se o eclipse total de 763 a.C., tido como augúrio divino, ou as pragas de 765 a 759 a.C., registradas na história assíria, prepararam os habitantes de Nínive para seu arrependimento. Nínive ficava cerca de 800 km a nordeste da Galiléia.

Autor, Destinatário, Proposito e Data.

Provavelmente foi o profeta Jonas quem o escreveu, numa espécie de autobiografia, narrando em primeira mão o que lhe aconteceu, porém é mais que uma biografia, é típica história profética, dotada de motivo profético e como tal prefigura Cristo como o Enviado, morrendo, sendo sepultado e, após a ressureição, ministrando salvação aos gentios (Mt 12.39-41; Lc 11.29-32).
Foi escrito para dizer, por meio de uma história, que Deus se interessa e se importa até mesmo com os inimigos do seu povo. O livro também mostra que Deus usou um profeta relutante como veículo da sua graça, ou seja, com os seguintes propósitos:

  1. Demostrar a Israel e às nações a sua soberania, a magnitude e ampliação da misericórdia divina, e a atividade de Deus através da pregação do arrependimento.
  2. Demostrar através da experiência de Jonas, até que ponto Israel decaíra de sua vocação “missionaria” original, de serem luz e redenção aos que habitam nas trevas (Gn 12.1-3; IS 42.6-7; 49.6).
  3. Lembrar ao Israel apostata que DEUS em seu amor e misericórdia, enviara à nação, não um único profeta, mas muitos profetas fiéis, que entregaram sua mensagem de arrependimento a fim de evitar o castigo que o pecado fatalmente acarretaria. Diferentemente de Nínive, no entanto, Israel rejeitaria os profetas de DEUS e a oportunidade que Ele lhe oferecia para que se arrependesse de suas iniquidades, e recebesse o fruto da misericórdia.
Ponto crítico: Resumidamente o livro revela tanto a misericórdia como a soberania de Deus, e, nesse ponto poderia discutir o propósito do livro de Jonas em outra perspectiva, que geralmente parece ser mal interpretado:

  1. Os eruditos tendem a buscar nele uma mensagem para Israel. Ao fazer isso, parece natural concluir que Jonas representa Israel.
  2. Alguns acreditam que Jonas é um livro missionário. Por meio dele vemos Deus incentivando Israel a sair da exclusividade e evangelizar outras nações.
  3. Outros sugerem que o Livro ensina a Israel que Deus tem compaixão dos pagãos e sendo assim, Israel também deve ter a mesma atitude, amando e perdoando seus piores inimigos.
Embora todas estas sejam ideias nobres e as mais defendidas, consequentemente teologicamente boas, o livro aponta para outra direção. A mensagem do livro está relacionada ao direito divino soberano de ter compaixão de quem Ele desejar. Até a apresentação de Jonas no livro de Reis (1Rs 14.25) é uma preparação adequada para o debate sobre a compaixão divina, pois ali Deus demonstrou misericórdia imerecida para com o Reino do Norte ao fazer um rei perverso como Jeroboão II prosperar. Não podemos confundir esse ato da soberania de Deus com “predestinação” extremista defendida por outra linha teológica, mas, devemos entender como a revelação da graça de Deus, onde Deus está disposto a alcançar a todos que se voltar para Ele com um coração sincero, contrito, ou seja, arrependido; um grande risco dessa interpretação é que alguns se esquecem de avaliar contextualmente como Deus se revelou e que independente de Vontade e Permissão de Deus a sua soberania prevalece, e, Jonas sabia que a misericórdia e a soberania de Deus andam de mãos dadas e que apenas no “Juízo de Deus” a misericórdia ficará em silencio, não se terá a justificativa de falta de oportunidade, para tanto Deus assim como enviou a Jonas ao povo rebelde de Nínive, Deus levantou a Igreja para anunciar seu evangelho. A ira divina deu inicio aos acontecimentos do livro de Jonas “Jn 1.2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim”.  A iniquidade de Nínive levou Deus a agir. Mas Jonas afirma que Deus é muito paciente (4.2), diferentemente do profeta. A ira do profeta parecia repreender Deus, que em sua opinião não estava irado o suficiente e por isso poderia perdoar Nínive se eles se arrependessem (hb. shuv). Fica claro que a mensagem do livro está relacionada ao direito divino e soberano de ter misericórdia de quem ele desejar. Deus honrou a palavra dele e adiou o juízo sobre a cidade de Nínive. Os ninivitas ainda continuavam sob a ameaça de destruição, mas ela deixou de ser iminente, graças apenas a misericórdia de Deus. Pense nisso!

O livro foi escrito talvez entre 785 e 750 a.C., durante o reinado de Jeroboão II, rei de Israel ( 2Rs 14.25). O Reino do Norte, Israel, tinha reconquistado a sua influência e foi restaurado por Jeroboão II. Mas a Assíria, cuja capital era Nínive, estava querendo expandir-se de modo cada vez mais arrogante. Nínive era a capital do Império Assírio. Este foi considerado o império mundial por uns 300 anos, 900-612 a.C. Começou sua elevação à potência universal mais ou menos pela época da divisão do reino judaico, no fim do reinado de Salomão. Pouco a pouco absorveu e destruiu o reino do Norte de Israel. De modo que Jonas foi chamado por Deus para prolongar a vida da nação inimiga que já procedia ao extermínio de seu povo. Não admira que ele fugisse na direção oposta, foi o receio patriótico de uma máquina militar, brutal e implacável, que estava acometendo o povo de Deus.

O livro de Jonas é uma história real

PROBLEMA: Os eruditos bíblicos tradicionais sustentaram que o livro de Jonas registra acontecimentos que de fato ocorreram na história. Entretanto, devido a seu estilo literário e à narração de surpreendentes aventuras vividas pelo profeta Jonas, muitos eruditos da atualidade propõem que não se trata de um livro que narra fatos reais, mas sim uma história de ficção com o propósito de comunicar uma mensagem. Os fatos narrados no livro de Jonas realmente aconteceram, ou não?

SOLUÇÃO: Há uma boa evidência de que os fatos registrados no livro de Jonas são literais e que aconteceram na vida desse profeta.
  1. Primeiro, a tendência de negar a historicidade do livro de Jonas provém de um preconceito contra coisas sobrenaturais. Se é possível acontecer milagres, não há razão alguma para se negar que o livro de Jonas seja histórico.
  2. Segundo, Jonas e seu ministério profético são mencionados no livro histórico de 2 Reis (14:25). Se sua profecia sobrenatural  é mencionada num livro histórico, por que rejeitar então o aspecto histórico de seu livro?
  3. Terceiro, o argumento mais devastador contra a negação da precisão histórica do livro de Jonas é encontrado em Mateus 12:40. Nessa passagem, Jesus prevê a sua própria morte e ressurreição, e provê aos incrédulos escribas e fariseus o sinal que eles lhe pediram. O sinal é a experiência de Jonas. Jesus diz: "Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra". Se a história da experiência de Jonas no ventre do grande peixe fosse apenas uma ficção, isso não daria respaldo profético algum ao que Jesus declarava. O motivo de Jesus fazer referência a Jonas era que, se eles não acreditavam na história de Jonas ter estado no ventre do peixe, também não acreditariam na morte, no sepultamento e na ressurreição de Cristo. Para Jesus, o fato histórico de sua própria morte, sepultamento e ressurreição tinha a mesma base histórica de Jonas no ventre do peixe. Rejeitar uma seria o mesmo que rejeitar a outra (cf. Jo 3:12). De igual modo, se cressem numa dessas bases, teriam de crer na outra.
  4. Quarto, Jesus prosseguiu mencionando detalhes históricos significativos. A sua própria morte, sepultamento e ressurreição era o sinal supremo que atestaria suas reivindicações. Quando Jonas pregou aos gentios descrentes, eles se arrependeram. Mas achava-se Jesus na presença de seu próprio povo, do povo de Deus, e assim mesmo eles recusavam-se a crer. Portanto, os homens de Nínive se levantariam em juízo contra eles, "porque [os de Nínive] se arrependeram com a pregação de Jonas" (Mt 12:41). Se os eventos do livro de Jonas fossem simplesmente parábolas ou ficção, e não uma história real, então os homens de Nínive na realidade nunca teriam se arrependido, e seu juízo sobre os fariseus impenitentes seria injusto e indevido. Por causa do testemunho de Jesus, podemos ter certeza de que Jonas registra uma história real.
  5. Finalmente, há confirmação arqueológica da existência de um profeta de nome Jonas, cujo túmulo encontra-se no Norte de Israel. Adicionalmente, foram desenterradas algumas moedas antigas, com a inscrição de um homem saindo da boca de um peixe. (GEISLER e HOWE, 1999, p. 315-316).
Revelações Arqueológicas

A crítica acadêmica há muito nega a historicidade de Jonas, preferindo interpretar o livro como mitologia, alegoria ou midraxe. Recentes descobertas acrescentaram credibilidade à historicidade do livro. As escavações revelaram que a “grande” Nínive era um distrito de 48 a 96 km de extensão, concordando bem com o texto de Jonas.

A Descoberta das Ruínas de Nínive
Tão completamente haviam desaparecido todos os vestígios da glória do Império Assírio que muitos eruditos chegaram a pensar serem lendárias as referências que a Bíblia e outras histórias antigas lhe faziam, e que na realidade tal cidade e tal império nunca existiram. Em 1820, o inglês Claude James Rich gastou 4 meses a esboçar os cômoros do outro lado do Tigre, defronte de Mossul, o que ele suspeitava fossem as ruínas de Nínive. Em 1845, Layard identificou em definitivo o local; ele e seus sucessores descobriram as ruínas dos magníficos palácios dos reis assírios, com cujos nomes estamos hoje familiarizados, e centenas de milhares de inscrições nas quais lemos a história da Assíria, contada pelos naturais do pais, a qual em grau impressionante suplementa e confirma a Bíblia.

Koyunjik é o nome do principal cômoro. A Leste do Tigre, bem de­fronte de Mossul, cidade moderna. Cobre uns 4047 acres e sua altitude media é de uns 30 m. Encerra os palácios dos reis Senaqueribe e Assurbanípal. Senaqueribe era o rei que invadiu Judá. Seu palácio era o mais soberbo de todos. Foi desenterrado por Layard, 1849 - 50. Tinha mais ou menos o tamanho de três grandes quarteirões de uma cidade.

A Biblioteca de Assurbanipal

Talvez foi a descoberta arqueológica que, mais do que outra, marcou época. Foi descoberta essa biblioteca por Layard, Rassam e Rawlinson, 1852-54, no palácio de Senaqueribe. Originalmente continha 100.000 volumes. Cerca de um terço deles foi restaurado e acha-se no Museu Britânico. Assurbanipal foi um tanto inclinado à arqueologia; fez seus escribas pesquisar e copiar as bibliotecas da antiga Babilônia, de 2.000 anos antes. Somos-Ihe, pois, gratos por haver preservado o conhecimento da primitiva literatura babilônica.

Confirmação Arqueológica

Ao que saibamos, não há registro do arrependimento dos ninivitas nas inscrições assírias. Existem, no entanto, vestígios de que Adade-Nirari fez reformas similares as de Amenófis IV no Egito. E, sob os reinados dos três reis que se seguiram a Adade-Nirari, houve uma cessação das conquistas assírias. Nesse período Israel recobrou território perdido, 2 R 14:25. Isto sugere que a influência de Jonas em Nínive foi profunda.

A Cidade De Nínive

Nínive propriamente dita media de extensão 4.800 m e 2.400 m. de largura. A Nínive maior incluía Calá, 32 km ao Sul, e Corsabade, 16 km ao Norte. O triângulo formado pelo Tigre e o Zabe fazia parte das fortificações de Nínive. Calá, posto avançado ao Sul de Nínive, cobria 40470 ares. Aí Layard e Loftus descobriram palácios de Assurbanipal, Salmaneser e seu Obelisco Negro, Tiglate-Pileser e Esar-Hadom. Corsabade, posto avançado ao Norte de Nínive, foi construída por Sargão, que destruiu Israel, 722 a.C., e cujo palácio, o primeiro depois do de Senaqueribe, era o mais magnificente de todos. 255 -257, 331-333.

Nínive era a capital do Império Assírio, que destruíra Israel.

Fundada por Ninrode, logo após o dilúvio, Gn 10.11-12, desde o princípio, fora rival de Babilônia: esta, na parte sul do Vale do Eufrates; Nínive, na parte norte; distantes, uma da outra, uns 480 km. Nínive elevou-se à potência mundial cerca de 900 a.C. Logo depois, começou a diminuir Israel. Lá por 780 a.C., Deus enviou-lhe Jonas numa tentativa de faze-la desviar-se desse caminho de conquistas brutais. Dentro dos seguintes 60 anos, em 722 a.C., os exércitos assírios haviam acabado de destruir o reino do Norte de Israel. Por mais outros 100 anos, Nínive continuou ganhando, mais e mais batalhas, podendo e ficando mais arrogante.

Ao tempo da profecia de Naum, era ela a cidade soberana da terra, poderosa e brutal além do que se possa imaginar, cabeça de um estado guerreiro feito à custa do despojo das nações. Riquezas ilimitadas, procedentes dos confins da terra, abarrotavam os seus cofres. Naum compara-a com um covil de leões vorazes, animais de rapina, a alimentar-se do sangue das nações, Na 2.11-13. O nome Nínive abrangia um complexo de vilas associadas, servidas por um único sistema de irrigação, protegidas por uma única rede de fortificações baseada nas defesas formadas pelos rios. A cidade central, que era a grande área palaciana no meio do grande sistema, também se chamava Nínive. A Nínive maior media uns 48 km de extensão e uns 16 de largura. Era protegida por 5 muralhas e 3 valas, construídas com o trabalho forçado de milhares sem conta de cativos estrangeiros. A cidade interior de Nínive, propria­mente, era de uns 4.800 m. de extensão, e 2400 de largura, construída na junção do Tigre com o Kôser e protegida por muralhas de 30 m de altura, bastante largas para sobre elas correrem 4 carros emparelhados, e de 12 km de circuito. No apogeu do poderio de Nínive e as vésperas de sua derrocada súbita, apareceu Naum com esta profecia, chamada, por alguns, de "canto fúnebre de Nínive", "clamor da humanidade pela justiça".

A Completa Ruína de Nínive

Sua destruição é predita com minúcias espantosas e pitorescas. O fato de Deus ser tardio em irar-se, pode ter sido mencionado como a lembrar da visita de Jonas a essa cidade, anos antes. A ira de Deus através de toda a Bíblia é o reverso de sua misericórdia. A queda da cidade sanguinária seria uma notícia de gozo inefável para o mundo que ela havia tão impiedosamente esmagado, especialmente para Judá. Como um açude de águas, o grande número de canais protetores ao longo dos muros dava a cidade esse aspecto.
Sofonias também vaticinou a queda de Nínive, nestas palavras: “Esta é a cidade alegre e confiante, que dizia consigo mesma: Eu sou a única e não ha outra além de mim. Como se tornou em desolação, em pousada de animais, qualquer que passar por ela assobiará com desprezo”, Sf 2.13-15.

A Queda de Nínive - 612 a.C.

Dentro de uns 20 anos depois do vaticino de Naum, um exército de babilônios e medos acometeu Nínive. Após 2 anos de cerco, uma enchente repentina do rio levou parte das muralhas. Naum vaticinara que as comportas do rio se abririam para o exército destruidor, Na 2.6. Pela brecha feita desse modo, os babilônios e medos atacantes penetraram para sua obra de destruição. Cavalos curveteavam, os chicotes estalavam, rodas matraqueavam, carros saltavam e estrondeavam, espadas cintilavam e havia montões de cadáveres. Tudo aconteceu exatamente como Naum descrevera; e a cidade vil e sanguinária passou para o esquecimento.
Sua destruição foi tão completa que ate a sua localização foi esquecida. Quando Xenofonte e seus 10000 passaram por ali 200 anos mais tarde, supôs que os montões eram as ruínas de alguma cidade dos Partos. Quando Alexandre, o Grande, empreendeu a famosa batalha de Arbela, 331 a.C., perto do local de Nínive, não sabia que ali já tinha existido uma cidade.

A Descoberta das Ruínas de Nínive

Tão completamente haviam desaparecido todos os vestígios da glória do Império Assírio que muitos eruditos chegaram a pensar serem lendárias as referências que a Bíblia e outras histórias antigas lhe faziam, e que na realidade tal cidade e tal império nunca existiram. Em 1820, o inglês Claude James Rich gastou 4 meses a esboçar os cômoros do outro lado do Tigre, defronte de Mossul, o que ele suspeitava fossem as ruínas de Nínive. Em 1845, Layard identificou em definitivo o local; ele e seus sucessores descobriram as ruínas dos magníficos palácios dos reis assírios, com cujos nomes estamos hoje familiarizados, e centenas de milhares de inscrições nas quais lemos a história da Assíria, contada pelos naturais do pais, a qual em grau impressionante suplementa e confirma a Bíblia.
Koyunjik é o nome do principal cômoro. A Leste do Tigre, bem de­fronte de Mossul, cidade moderna. Cobre uns 4047 acres e sua altitude media é de uns 30 m. Encerra os palácios dos reis Senaqueribe e Assurbanípal. Senaqueribe era o rei que invadiu Judá. Seu palácio era o mais soberbo de todos. Foi desenterrado por Layard, 1849 - 50. Tinha mais ou menos o tamanho de três grandes quarteirões de uma cidade.

O Cômoro "Jonas"

O segundo cômoro em volume, das ruínas de Nínive, chama-se "Yunas", que é a palavra nativa correspondente a "Jonas". O cômoro cobre 1618 ares, e tem 33 m de altura. Encerra o túmulo que se diz ser de Jonas. Foi isto uma das coisas que sugeriram a Rich tratar-se ai das ruínas de Nínive, e que levaram a sua identificação. Esse túmulo é tão sagrado para os naturais do lugar, que estes não tem permitido nenhuma escavação em larga escala no cômoro. Layard descobriu as ruínas do palácio de Esar-Hadom. Espera-se que um dia os segredos deste palácio possam ser explorados.

 Os Reis Assírios que Tiveram Relações com Israel e Judá foram:


  •  Salmaneser III, 859-824 a.C. Começou a diminuir Israel.
  •  Adade-Nirari, 808-783. Recebeu tributo de Israel.
  •  Tiglate-Pileser III, 745-727 a.C. Deportou a maior parte de Israel.
  •  Salmaneser V, 727-722 a.C. Sitiou Samaria.
  •  Sargão II, 722-705 aC. Levou cativo o resto de Israel.
  •  Senaqueribe, 705-681 a.C. Invadiu Judá.
  •  Esar-Hadom, 680-669 a.C. Muito poderoso.
  •  Assurbanípal, 669-627 a.C. Poderosíssimo e brutal.
  •  Dois reis fracos, 626-609 a.C. O gigantesco império caiu, 609 a.C.
Fatos Importante
  • A cidade de Tarsis, pensa-se que era Tartessos, na Espanha. Jonas dirigia-se as partes mais afastadas do mundo então conhecido.
  •  Ele devia ter o hábito de orar empregando palavras dos Salmos, assim como fez nesta bela oração. Seu lançamento de volta a terra firme pode ter-se dado perto de Jope, e pode ter sido presenciado por muitos.
  • Jonas, em sua pregação sem dúvida contava sua experiência com o peixe, apresentando testemunhas que comprovavam sua história. Falando em nome do Deus da nação a qual os ninivitas haviam começado a saquear, estes o tornaram a sério e ficaram aterrorizados.
  • Fora lá, não para chamá-los ao arrependimento, mas para anunciar a sentença da condenação deles. No entanto, agradou a Deus haverem-se arrependido, pelo que adiou o castigo, muito a contragosto de Jonas.
  • O traço mais tocante do livro está no último versículo: a compaixão de Deus pelas criancinhas. Influiu em Deus, para sustar a destruição da cidade, o fato de seu coração ser refratário à ideia do morticínio de inocentes crianças. Jesus gostava muito de crianças e de atitudes de crianças em pessoas adultas.
  • Cinco “grandes” ocorreram no livro de Jonas: a grande recusa, Jn 1.3; o grande peixe, Jn 1.17; a grande cidade, Jn 1. 2; o grande desgosto, Jn 4.1; e o Grande DEUS, Jn 4.2b.
  •  Jope, onde Jonas embarcou para não pregar a uma outra nação, foi o lugar exato, escolhido por Deus 800 anos mais tarde, para ali dizer a Pedro que recebesse pessoas de outras nações, At 10.
  •  Jesus citou o caso como figura profética de sua própria ressurreição ao terceiro dia, Mt 12.40.
  •  Assim, em tudo, a história de Jonas é uma grandiosa história profética da ressurreição do Messias e da sua missão a todas as nações.
  • O vocábulo, erradamente traduzido "baleia", significa "grande peixe, ou monstro marinho." Nas escrituras hebraicas encontra-se dag gadol ou grande peixe. Tem-se achado muitos monstros marinhos bastante grandes para engolir uma pessoa. Entretanto, que caracteriza a história é ela tratar de um milagre, que era um atestado divino de que Jonas havia sido enviado a Nínive. Sem um milagre assim assombroso, os ninivitas teriam dado pouca atenção a Jonas, Lc. 11.30.
  • Apesar das imperfeições do pregador, a mensagem de Deus alcançou o resultado desejado e Sua imensa compaixão pelos homens foi demonstrada.
Aplicação Prática
  • A soberania de Deus sobrepõe o entendimento humano, “é melhor aceitar”;
  • A misericórdia e a soberania de Deus andam de mãos dadas e que apenas no “Juízo de Deus” a misericórdia fica em silêncio, “é melhor obedecer”;
  •  Deus tem o prazer de promover oportunidade de arrependimento ao mais vil pecador;
  • Fugir da missão proposta por Deus pode acarretar castigos, ou seja, deixamos de ser benção para ser meio de maldição;
  •  O castigo acima citado algumas vezes atinge pessoas próximas e que nada tem haver;
  •  Sabemos “onde é” ou “quem é” a “Nínive de hoje” (presídios, vizinhos, cidades, nações, criminosos e etc.), mas preferimos a distância à levar o Evangelho de Jesus Cristo “Paz e Justiça de Deus”;
  •  Muitos estão em barcos fugindo em meio à tempestade e não acordam para assumir a responsabilidade que lhe foi proposta;
  •  Às vezes Deus usa um vento, grande peixe, uma planta como universidade para vida de crente;
  •  Deus está sempre concedendo oportunidades;
  • Jonas não pregou a sua própria mensagem, mas a mensagem que Deus lhe ordenou “o motivo do sucesso”;
  • Quantos até pregam a palavra de Deus, mas não tem em si o amor de Deus pelas almas (1Co 13.1-3);
  • Nós fomos chamados para pregar o Evangelho (1Co 9.16);
  •  Quando aceitamos a vontade de Deus, todas as coisas nos são favoráveis;
  •  Deus mandou o vento agitar o mar para chamar a atenção de Jonas;
  • Na dificuldade, os marinheiros tiveram espiritualidade melhor que Jonas. (Vs. 5 e 13), quantas vezes algum incrédulo mostra mais atitude de fé do que muitos crentes, embora fundamentadas em coisas erradas;
  • Apesar das imperfeições do pregador, a mensagem de Deus pode mudar a historia e a sorte de uma nação;
  •  Precisamos estar disposto a pregar o Evangelho onde o Senhor ordenar.
  •  A vontade Deus é soberana - Sua misericórdia é sem medida - Sua graça é incondicional.
O livro de Jonas é um desafio a nossa fé, é um livro-teste da Bíblia. Nossa atitude para com o livro de Jonas revela nossa atitude para com Deus e sua Palavra. A grande lição desse livro é para que saibamos que Deus é soberano, misericordioso, e seu amor é incondicional, mas como filhos de Deus em Cristo, temos a responsabilidade de seguir Seu exemplo em amor.
Estude, ore e medite, pois assim Deus abençoará sua aula.

Adaias Marcos Ramos da Silva.


 Referencias Bibliográficas

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL - Almeida Revista E Corrigida – Edição De 1995 – CPAD;
MANUAL BÍBLICO UNGER - Unger, Merrill Frederick, 1909 - São Paulo: Vida Nova, 2006;
INTRODUÇÃO AOS LIVROS DA BÍBLIA - Crus, Ivaldo Pereira da - Edição 2006 – Imprensa Oficial Graciliano Ramos;
LIÇÕES BÍBLICAS – OS DOZE PROFETAS MENORES – 4º trimestre de 2012 – Lição 6 (Jonas – A Misericórdia Divina) -  CPAD
O PROFETA JONAS - Alves, Valtencir – Tese De Doutorado Em Teologia “Cohen University & Theological Seminary – EUA” – 2008 -  Bauru, SP, Brazil