segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O RASTEJANTE PECADO DA BAJULAÇÃO



Na tradução da Bíblia mais usada entre os evangélicos brasileiros, a Almeida Revista e Corrigida, não existem as palavras "adulador" ou "bajulador", e sim "lisonjeador". O lisonjeador é o popular "puxa-saco".

Recentemente participei de um culto abençoado, onde foi citado o termo “puxa-saco” no sentido de algo necessário e isso me chamou atenção, “apesar de entender o sentido da necessidade da explicação usada pelo ministrante”, porém repudio pessoalmente tais atitudes, e vejo o “puxa-saco” como um forte candidato a traidor de princípios morais e éticos do pensamento cristão, como por exemplo: O amor não fingindo, amor sem interesse e etc. Geralmente só existe o “puxa-saco” porque alguém aceita ser bajulado, o que a meu ver isso não combina com o caráter de um líder exemplar, isso é o meu pensamento, todo mundo é livre para plantar e colher do fruto que semear. O “puxa-saco” é confundido com alguém que ama e que tem zelo pessoal por alguém, o que nem sempre é verdade. Sempre amei meus lideres, mas, nunca me deixei cegar diante de suas posições, aprendi a apreciar com moderação suas virtudes e a enxergar com amplitude suas necessidades, tirando lições para melhor servir sem me expor ao ridículo ou quebrar padrões que vá de encontro aos princípios ensinados por Jesus. Vou mais longe, enxergo a bajulação em determinadas circunstancias como obra da carne, já que em determinados momentos algumas atitudes de bajuladores visa à acusação, o fuxico, o desejo por posição, o tirar proveito, mas nunca a lealdade.

Que nós ovelhas busquemos servir aos nossos Lideres como ao SENHOR, na certeza que Deus não se agrada de bajulador, mas de servos fieis independentes de circunstâncias.

Pensando nesse assunto trago um texto para meditação dos leitores sobre o pecado da bajulação, elaborado pelo Pr. Jefferson Magno Costa, tema: O RASTEJANTE PECADO DA BAJULAÇÃO.

Lisonjear é dirigir elogios interesseiros a alguém. O Dicionário Houaiss define lisonjear como “enaltecer com exagero, visando à obtenção de favores, privilégios”. Creio ser este um assunto muito oportuno de ser tratado com muita atenção em nossos dias, pois o que mais se vê hoje são pastores e outros líderes não-eclesiásticos cercados de bajuladores.

Quase todo ser humano é vulnerável ao comentário elogioso, e poucos sabem se defender dos bajuladores. O mega teólogo e grande pregador do evangelho, Aurélio Agostinho (354-430), pregando certa vez sobre os bajuladores, disse magistralmente: "Prefiro os que me criticam, porque me corrigem aos que me elogiam, porque me corrompem".

Todos nós estamos muito mais prontos para ouvir uma palavra de elogio, mesmo sendo mentirosa, do que cem palavras de exortação.

O rei Henrique IV, da França, resumiu essa nossa vulnerabilidade ao dizer: “Apanham-se mais moscas com uma colher de mel do que com vinte tonéis de vinagre”.

O livro de Provérbios nos dá uma importante informação sobre adulados e aduladores: “Aos generosos muitos o adulam, e todos são amigos do que dá presentes” (ARA, 19.6). E o apóstolo Judas comenta porque os aduladores agem como agem: “...são aduladores dos outros, por motivos interesseiros” (Jd v.16).

O BAJULADOR CARREGA O BAJULADO NO COLO OU NAS COSTAS

Na tradução Almeida Revista e Atualizada, da Bíblia, os lisonjeadores são chamados de "bajuladores" e "aduladores". Bajular vem da palavra latina bajulo, e significa “levar algo ou alguém no colo ou nas costas”.

O curioso é que, na verdade, o bajulado é quem leva o bajulador nas costas. Manter bajuladores é caro.
O fabulista francês La Fontaine dizia que “todo bajulador vive às custas de quem o escuta”. A bajulação é um comércio de mentiras que, pelo lado do bajulador, apoia-se no interesse, e pelo lado do bajulado, apoia-se na vaidade.

Não devemos confiar em quem elogia tudo quanto dizemos ou fazemos. Essa pessoa geralmente é perniciosa, perigosa, e tem segundas intenções. Não é nossa amiga.

Em 1Tesssalonicenses 2.5, para não ser confundido com os bajuladores, Paulo declarou: “A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha”. Observe-se que Paulo teve o cuidado de destacar a essência da intenção dos bajuladores: "intuito ganancioso".

O livro de Provérbios avisa que “o homem que lisonjeia a seu próximo arma uma rede aos seus passos” (Pv 29.5), e que “a língua falsa aborrece aquele a quem ela tem maravilhado, e a boca lisonjeira opera a ruína” (Pv 26.28). Atenção para isso, digníssimo líderes, reverendíssimos pastores!

O BAJULADOR AGRADA O BAJULADO FESTEJANDO-O COMO FAZEM OS CÃES

Adular é a forma portuguesa do vocábulo latino aduláre, e significa, etimologicamente, “o movimento que o cão faz com a calda ao se aproximar do dono” (Dicionário Houaiss).
Três séculos antes do nascimento de Jesus Cristo, o filósofo grego Antístenes advertira: “Nada é tão perigoso como a adulação. O adulado sabe que o adulador mente, mas continua a lhe dar ouvidos”.

O salmista Davi diz no Salmo 12.2: “Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com lábios lisonjeiros e coração dobrado”. O termo coração dobrado, ou dobre (Tg 1.8), significa, no original hebraico, “a pessoa que diz uma coisa, mas sente outra”.

Segundo podemos aprender no livro de Porvérbios, a pessoa que tem coração dobre, tem também língua dobre (Pv 17.20), expressão que lembra muito bem a língua das cobras (animal traiçoeiro).
No versículo seguinte (v. 3), o salmista diz que “o Senhor cortará todos os lábios lisonjeiros”. Ora, quem tem os lábios cortados não pode esconder sua língua dobre. Ela ficará exposta a todos, denunciando a falsidade de quem a possui.

Davi fala também dos que buscam a Deus com insinceridade de coração: “Todavia, lisonjeiam-no com a boca e com a língua lhe mentiam. Porque o seu coração não era reto para com ele, nem foram fiéis ao seu concerto” Sl 8.36,3.

Mas qual seria a verdadeira intenção do bajulador? Salomão revela: “Trabalhar para ajuntar tesouro com a língua falsa” (Pv 21.6). E Isaías extrai dos próprios bajuladores uma surpreendente confissão reveladora de suas condutas mentirosas: “...pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos” (Is 28.15). 

Que o Deus de misericórdia nos guarde da amizade e da astúcia dos bajuladores.

Que cada um ore e vigei, se policiando nos atos de servir e ser servido, seria maravilhoso se buscássemos aprender de Jesus o Mestre por excelência. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Tipos de Crente



O pastor Ciro Sanches Zibordi fez uma pregação na Assembleia de Deus do Ministério de Cordovil, na qual dividiu os religiosos cristãos no que ele chamou de “quatro grupos de crente”. O pastor disse que escolheu falar especificamente de quatro tipos de crente porque na “numerologia bíblica” o número quatro representa, segundo ele, plenitude e totalidade.

Vejamos a lista do pastor Ciro Sanches Zibordi vista biblicamente:

 O crente que diz que é crente
Para exemplificar esse tipo, o pastor citou Mateus 7:21-22, que afirma: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?”

O crente que parece ser crente
Citando os versículos 25 a 28 do capítulo 23 do evangelho de Mateus, Ciro Sanches falou dos crentes que apenas aparentam seguirem os ensinamentos de Cristo. No trecho bíblico Jesus exorta: “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo. Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Assim são vocês: por fora parecem justos ao povo, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade”.


Aquele que pensa que é crente
Em Apocalipse 3:1 está escrito: “Ao anjo da igreja em Sardes escreva: Estas são as palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto”. Esse foi o exemplo escolhido pelo pastor para ilustrar os que, de acordo com a lógica de seu sermão, apenas pensam serem crentes.

Aquele que é de fato
Para exemplificar aqueles que, seguindo a lógica da pregação, são reconhecidos por Deus como crentes verdadeiros, o pastor citou Apocalipse 3:8 que diz: “Conheço as suas obras. Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar. Sei que você tem pouca força, mas guardou a minha palavra e não negou o meu nome”.


Agora a mesma lista vista humanamente pelo crente jacaré:

01- Crente Temporada – Um mês na Igreja outro nada
02- Crente Bolsa de Valores – Um dia está em alta, outro dia está em baixa
03- Crente Quiabo – Difícil de pegar
04- Crente Balão de Gás – Vive sempre cheio de ar e sempre explodindo
05- Crente Bule – De “pô café” (pouca fé)
06- Crente Carriola – Só vai se estiver sendo empurrado
07- Crente Chuchu – pega o gosto de qualquer coisa com que esteja em contato
08- Crente Feudal – Acredita que por ter dinheiro manda na Igreja
09- Crente Florzinha de Jesus – Qualquer coisa sai da Igreja com biquinho
10- Crente Gabriela – Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim, Gabriela
11- Crente Papagaio (1) – Precisa ter o pé amarrado e as asas cortadas para ficar na linha
12- Crente Papagaio (2) – Vive repetindo tudo o que falam sem examinar as escrituras
13- Crente Peter Pan – Não quer crescer nunca
14- Crente Pipoca – Vive pulando de Igreja em Igreja
15- Crente Porco-espinho – Vive alfinetando os irmãos
16- Crente Raimundo – Um pé na Igreja e o outro no mundo
17- Crente Rocambole – Sempre enrolado
18- Crente seis horas – Sempre pedindo “seis ora por mim”
19- Crente Transgênico – Modificado, mas não transformado
20- Crente Urso – No inverno, fica em casa hibernando
21- Crente 665 – Quase um besta
22- Crente Denorex – Parece crente mas não é
23- Crente Karatê – Só dá valor se o cara te bens
24- Crente Pão de Forma – Miolo mole, casca grossa, chato e quadrado
25- Crente Passarinho – Voa de Igreja a Igreja
26- Crente Cabeleireiro – Trabalha só pra fazer a cabeça dos outros
27- Crente Sextão – Seis tão orando por mim
28- Crente Pastel de Feira – Muita aparência, mas se nota que por dentro não tem nada
29- Crente Mensalão – Só vem na Igreja uma vez por mês
30- Crente FMI – impõe um monte de restrições e não ajuda ninguém
31- Crente Nuvem – Segue todo vento que passa
32- Crente IÔ-IÔ – Sobe e desce
33- Crente Rojão – É bonito, faz barulho, mas logo se apaga
34- Crente Bingo – É sorte grande aparecer na Igreja
35- Crente E-mail – Meio crente, meio salvo, meio cheio, meio tudo
36- Crente Cangaceiro Lampião – Se tocar nele ele sai dando tiro
37- Crente Praia do Mar – Cheio de onda, chega dar enjôo
38- Crente Moratória – Não paga ninguém
39- Crente 999 – Besta e meio
40- Crente 333 – Meio besta
41- Crente Chiclê – Só mastiga a Palavra, mas não engole.
42- Crente Piolho – Andam pela cabeça dos outros…
43- Crente Sangue-suga – vivem sugando os bens dos irmãos…
44- Crente Urubu – vivem se alimentando da carne dos irmãos… “Hum… hoje vamos comer pastor a milanesa!!!!”
45- Crente 007 – Esse é o agente secreto de Cristo infiltrado no submundo de Satanás…
46- Crente Leão - Não se meta com ele, pois ele é o Rei da Igreja…
47- Crente Jacaré – Tem uma boquinha…
48- Crente Papagaio – Só sabe orar com no máximo usando 20 palavras…
49- Crente Pingüim - Vivem sempre numa geleira espiritual…
50- Crente Chuchu - Não tem gosto de nada…
51- Crente Brastemp -Não tem comparação… (com Cristo)
52- Crente Niguel Mansel - Corre um monte mas nunca ganha uma peleja…
53- Crente Rubinho Barrichelo – Freia no fim da prova só pra deixar todo mundo passar por você na vida espiritual…
54- Crente Tocha – Tá toda hora queimando… “queima demônio, queima…”
55- Crente Kiko do Chaves – Esse não se mistura com a “gentalha”
56- Crente Chapolin – Você pode contar com tudo, menos com sua astúcia…
57- Crente Balaão – Enxerga espiritualmente menos que uma mula…
58- Crente Noé – Nunca as coisas são com ele, “Noé comigo irmão”
59- Crente Aleluia Glória a Deus – Pastor pregando: “Porque o diabo veio para matar…” e o irmão: Aleluia Glória a Deus
60- Crente Cabelereiro – Trabalha só pra fazer a cabeça dos outros…


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Igreja dos homens e a Igreja de Cristo, qual você escolhe?



Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo (Gl 1.6-7)

Na igreja do homem se busca o que é próprio de homem, na Igreja de Cristo o que é de Cristo, na igreja do homem se busca agradar ao homem, na de Cristo se busca agradar a DEUS.

Vivemos uma época em que Cristo tem sido rejeitado como o centro da mensagem, algumas igrejas por conveniência tem tirado Cristo do centro de suas mensagens e em seu lugar tem fixado o desejo do ego humano. Estamos mudando o que é certo pelo que pode dá certo, buscamos resultados quantitativos, ou seja, o numero é o que mais vale, e para esses nem sempre a mensagem expositiva ou literal é agradável, se acrescenta um toque antropológico já que, em determinados meios a mensagem cristocêntrica é visto como ultrapassado e pode não agradar ao público. Esquecem que quantidade sem qualidade é corpo sem vida.


Como disse o reverendo Hernandes Dias Lopes “A igreja está se transformando em um supermercado, os bancos determinam o que o púlpito vai pregar. O evangelho não é um produto de marketing. Deus não quer fã, quer discípulos. O papel do pregador não é agradar o auditório. A verdade nem sempre é popular”.
Precisamos repensar o valor da mensagem ministrada em nossas igrejas e pauta-las pela verdadeira mensagem bíblica.  O homem não tem autoridade para modificar a Palavra, mas a Palavra tem o poder de transformar o homem.

‎"O pregador cristão fica mais satisfeito quando sua pessoa é ofuscada pela luz que brilha das Escrituras e sua voz é abafada pela voz de Deus". (John Stott)

Uma Igreja sem a Palavra puramente Bíblica é uma igreja sem fé, é formada por motivação passageira, não compreende a mensagem da cruz de Cristo e o poder que esta mensagem (evangelho) possui.  Estamos formando uma geração de religiosos anêmicos, que não sabe diferenciar o certo do errado, são como folhas secas levadas por qualquer vento de doutrina, manipulados pelos seus próprios desejos.

Algumas igrejas estão esquecendo que o caminho que leva a DEUS é estreito (difícil de trilhar) e o que leva a perdição (condenação eterna) é largo (fácil de trilhar), um é cristocêntrico quanto à fé e prática; o outro é antropocêntrico quanto à prática e sem fé; um defende o Evangelho puro e simples, conservador dos ideais de Deus para o seu povo, compreendido nos estritos limites das Escrituras Sagradas que, para nós, é infalível, inerrante e eterna; o outro é recheado de arranjos humanos, fundamentado na falha e passageiro.


“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus” (II Co 4.1-5).

A palavra adulterar no gr. dolow doloo, significa: apanhar numa armadilha; corromper, adulterar.

Mediante tudo isso, que igreja você faz parte? Igreja dos homens ou a Igreja de Cristo? Que evangelho você apresenta? Que mensagem você tem escutado?

Precisamos de um avivamento, ou seja, de um retorno às origens do Evangelho puro e simples. Pense nisso!

Fonte: Adaias Marcos Ramos da Silva

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Conjugando os verbos da nossa salvação



"A Salvação vem de Deus e não do homem." Nasceu no céu e não na terra. É resultado da graça de Deus e não da obra humana. É recebida pela fé e não por mérito. Deus mesmo é a fonte, o meio e o fim da nossa salvação. Dele, por meio dele e para ele são todas as coisas. O Pai elaborou nossa salvação antes dos tempos eternos. O Filho a consumou na cruz e o Espírito Santo a aplica eficazmente em nossos corações. Nossa salvação é um fato, é um processo e uma expectativa. Ela é passada, presente e futura.

1. Com respeito à justificação, nós já fomos salvos – A justificação é algo que Deus fez por nós e não em nós. Ela acontece fora de nós e não dentro de nós. Ela muda a nossa posição diante de Deus e não a nossa vida interior. Ela acontece no tribunal de Deus e não nos refolhos da nossa alma. Quando cremos em Cristo, somos imediatamente justificados junto ao trono de Deus. Nossa dívida é paga, nossa culpa é cancelada, nossos pecados são cobertos e somos declarados justos, mediante a obediência perfeita de Cristo e sua morte substitutiva. A justificação é um ato forense, legal e judicial. Ela acontece uma única vez. Somos justificados com base na obra expiatória de Cristo. Jesus pagou a nossa dívida como nosso fiador e morreu por nós e em nosso lugar, como o nosso representante. Agora já não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Toda a infinita justiça de Cristo foi colocada em nossa conta. Estamos justificados diante de Deus. Isso é um fato passado e consumado.

2. Com respeito à santificação, nós estamos sendo salvos – A santificação é um processo que se inicia na conversão e só é concluída na glorificação. Fomos libertos da condenação do pecado na justificação, estamos sendo libertos do poder do pecado na santificação e seremos libertos da presença do pecado na glorificação. A cada dia devemos mortificar o velho homem e nos renovarmos do novo homem. Nesse processo, devemos nos sujeitar a Deus, resistir o diabo, fugir do pecado e sermos inconformados com o mundo. Nessa caminhada da santificação precisamos deixar as coisas que para trás ficam, desembaraçar-nos de todo o peso e pecado que tenazmente nos assedia, olhando firmemente para Cristo, sendo transformados à sua imagem pelo Espírito Santo. A santificação é efetivada pela instrumentalidade da Palavra de Deus e pela ação do Espírito de Deus. Deus não apenas nos destinou para a glória, mas também determinou nos transformar à imagem do rei da glória.

3. Com respeito à glorificação, nós seremos salvos – A glorificação é a consumação final da nossa redenção. Quando Cristo vier em sua glória e majestade, seremos libertos da presença do pecado. Teremos um corpo semelhante ao corpo da sua glória. Então, habitaremos e reinaremos com Cristo para sempre nos novos céus e nova terra. Não haverá mais lágrima, nem dor, nem luto. Nada contaminado entrará no céu. Nossa bem-aventurança será completa e final. Embora, a glorificação dos salvos seja um fato certo, ainda não é uma realidade histórica. Contudo, ainda que ela seja um acontecimento futuro, ela já está determinada e segura. Todos aqueles que foram justificados e estão sendo santificados, na mente e nos decretos de Deus já estão glorificados. Já estamos selados para o dia da redenção. Nos decretos eternos de Deus já estamos na glória e nada nem ninguém no céu, na terra e debaixo da terra poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Ao Deus da nossa salvação, portanto, seja a glória agora e para sempre, amém!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Busca De Uma Vida Mais Profunda Com Deus.


“Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma.” Salmos 42:1

"A nossa alma tem mais necessidade de Deus do que a terra seca da chuva."

A nossa alma tem mais carência de Deus do que a flor do campo tem do orvalho da noite. A nossa alma tem mais ânsia por Deus do que os guardas pelo romper da alva. A maior necessidade da nossa vida não é das bênçãos de Deus, mas do Deus das bênçãos. O tudo sem Deus é nada. A riqueza do mundo sem Deus é consumada pobreza. As glórias do mundo sem Deus são como um vácuo. Somente em Deus encontramos razão para viver. Somente em Deus nossa alma encontra descanso. Deus é a verdadeira fonte de prazer. Só há plenitude de alegria na presença de Deus. Os lautos banquetes do mundo não podem saciar a nossa alma. As riquezas do mundo não podem preencher o vazio do nosso coração. O conhecimento, o dinheiro, o sucesso, o poder e a fama sem Deus são insuficientes para dar significado à nossa vida. Deus nos criou para ele e somente nele encontraremos significado e razão para viver.

A vida sem Deus é seca como um deserto, infrutífera como os espinheiros e estagnada como um poço de águas paradas e lodacentas. Precisamos nos voltar para Deus, a fonte de águas vivas. Precisamos de nos arrepender dos nossos maus caminhos e emendar as nossas veredas. Precisamos endireitar os caminhos tortos e retificar aqueles que estão fora do lugar. Esse é um tempo de arrependimento e volta para o Senhor. 
A restauração começa com choro, com quebrantamento, com acerto de vida com Deus. Precisamos examinar o nosso coração. Precisamos ser pesados na balança de Deus. Precisamos reconhecer os nossos pecados, sentir tristeza pela nossa frieza espiritual e sentir vergonha pela escassez dos nossos frutos. O juízo começa pela Casa de Deus. Não basta apenas uma volta superficial para Deus. Ele não se impressiona com os nossos gestos pomposos nem com nossas palavras eloquentes. Ele sonda os corações. Precisamos rasgar não as nossas vestes, mas os nossos corações. O perdão é resultado do arrependimento, a restauração é consequência do quebrantamento e a plenitude da vida de Deus em nós é fruto de uma busca verdadeira, intensa e perseverante. A chuva vem sobre a terra seca. O derramamento do Espírito sobre aqueles que têm sede Deus.

Muitas gerações experimentaram profusas efusões do Espírito. Muitos irmãos nossos viram, experimentaram e realizaram coisas maiores do que as que temos visto, experimentado e realizado em nossos dias. Deus não mudou. Sua Palavra não mudou. Há vida abundante para todo aquele que busca o Senhor de acordo com a sua Palavra. Os mananciais de Deus jorram sempre sem jamais secar. Ele pode intervir em nossa vida, Ele pode trazer sobre nós tempos de restauração. Podemos conhecer com mais profundidade as riquezas insondáveis do evangelho de Cristo. Podemos ter mais intimidade com Deus através de uma vida de oração. 

Podemos conhecer mais a Deus através de um estudo mais zeloso das Escrituras. Podemos produzir mais frutos para a glória de Deus através de um envolvimento mais efetivo com o seu Reino. É hora de clamar ao Senhor para que os tempos de refrigério da sua parte venham sobre nós, trazendo-nos restauração e vida!

Fonte: Sepal/Hernandes Dias Lopes

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Carta Pastoral - “A vocação cristã para o voto cidadão”



A Aliança Evangélica escreveu em seu site uma carta pastoral falando da importância do voto e se pronunciando contra o chamado “voto de cajado” que se refere às indicações de candidatos feitas por pastores e líderes religiosos.
O texto comenta de como as eleições são importantes em uma democracia e como podemos ajudar no destino do país, mas para tanto é necessário ter um voto consciente sem aceitar as alianças feitas através de trocas políticas.
“O voto é exercício de cidadania. É secreto e tem de ser responsável. Não está à venda e não pode ser produto de negociações manipuladoras. “Voto de cajado” é voto aviltado e precisa ser denunciado”, diz trecho da carta pastoral.
A ligação de igrejas com partidos também é criticada assim como o uso de púlpitos para fins eleitorais, prática esta que é proibida por lei, mas muito usada por pastores de diversas denominações evangélicas. “A igreja é de Jesus Cristo e não pode ser identificada com nenhum partido político. O púlpito é sagrado e não pode ser usado como plataforma política de candidato algum.”
Noticias do Gospel Prime

Leia o texto na íntegra:

Carta Pastoral - “A vocação cristã para o voto cidadão”

E procurai a paz da cidade… e orai por ela ao Senhor: porque na sua paz vós tereis paz. (Jr 29:7)
Caros irmãos e irmãs,
Aos nos aproximarmos das eleições municipais em outubro queremos celebrar a nossa democracia e o privilégio de contribuir, através do nosso voto, para a construção de uma sociedade mais sólida e participativa. Votar solidifica a democracia e queremos fazer parte deste processo. Reconhecemos que nos últimos anos o Brasil tem mudado muito e para melhor, mas o que preocupa, sobretudo, neste novo período eleitoral, é que o nosso sistema político partidário é arcaico e viciado. Não responde às demandas atuais, ignora as possibilidades gerenciais e tecnológicas disponíveis e carece de profundas mudanças sistêmicas, programáticas e éticas. Este sistema precisa mudar e nossos políticos precisam adequar-se às necessidades de uma sociedade mais justa, mais transparente e mais participativa.
Votar é uma forma de contribuirmos, como brasileiros e brasileiras, para a construção da nossa nação. Como cristãos evangélicos, comprometidos com os destinos do país, vamos votar nesta consciência e convidar todos ao nosso redor a fazerem o mesmo.
Como cristãos evangélicos, nos identificamos com a advertência do profeta Jeremias ao seu povo: Procurai a paz da cidade e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz. É por esta razão que, nas eleições que se aproximam, queremos caminhar para as urnas movidos por princípios que consideramos centrais:
 - O voto é exercício de cidadania. É secreto e tem de ser responsável. Não está à venda e não pode ser produto de negociações manipuladoras. ”Voto de cajado” é voto aviltado e precisa ser denunciado.
- A igreja é de Jesus Cristo e não pode ser identificada com nenhum partido político. O púlpito é sagrado e não pode ser usado como plataforma política de candidato algum.
- Votemos no que consideramos melhor para a cidade e não em busca de favores pessoais ou mesmo de grupos.
- Votemos em candidatos que afirmem e tenham histórias de vida que reflitam os valores do Reino de Deus, entre os quais justiça, liberdade e verdade.
Caminhemos, pois, para o dia 07/10/2012 valorizando o nosso voto e o voto de todos, conscientes de que assim contribuiremos para a construção de uma sociedade democrática que não se esquece do outro, especialmente do pobre e do pequeno, e cujos resultados nos levem a dizer: Soli Deo Gloria!
Graça e paz! “Aliança Cristã Evangélica Brasileira”