Por: Adaias Marcos Ramos da Silva
“1 Coríntios 11.1 - Sede meus
imitadores, como também eu de Cristo”.
Às vezes me encontro a
questionar:
- Quais legados serão deixados pelos líderes atuais da igreja?
- Os lideres da igreja estão preparados para tratar conflitos entre gerações?
- A igreja tem pensando neste assunto?
- A igreja tem se preparado para passar um legado?
Legado
dádiva deixada em testamento; valor previamente determinado, ou objeto
previamente endividado, que alguém deixa a outrem por meio de testamento.
O legado neste texto deve ser
visto como sementes, semeadas em locais diversos para uma colheita num futuro
não muito distante. Não abordarei aqui a lei da semeadura, pois acredito que
todos conhecem, mas seus resultados previsíveis!
Em toda história da igreja
independe de fatos que marcaram períodos a igreja cristã sempre deixou três
grandes legados:
Espiritual, Moral, e Ministerial.
No que diz respeito ao legado espiritual podemos afirmar
resumidamente, mas com segurança que, da igreja primitiva até os nossos dias temos
herdado o fruto de testemunhos de uma igreja de remanescentes que tem vencido
as portas do inferno, ou seja, uma igreja que apesar do tempo e mudanças
culturais tem se mantido viva pela Palavra de Cristo, essa Igreja tem semeado a
Palavra, vivido a Palavra e colhido às promessas da Palavra. Nesse mesmo
contexto questiono, o que a igreja desse século tem semeado ou servido de exemplo
para a posteridade no âmbito espiritual, será que segue a mesma regra de nossos
antepassados?
Quando entramos no aspecto moral, a coisa fica mais
tangível principalmente quando pautado pelas Sagradas Escrituras, é perceptível
que alguns valores morais estão tomando sentido contrário, é o que chamamos de
inversão de valores, é de responsabilidade da igreja se manter íntegra aos
valores e princípios que lhe foi outorgado por Deus, sua Palavra, a consciência
e a própria natureza, mas diante de tantas mudanças culturais, sociais,
jurídicas, lideranças públicas, e a pressão ardente da sociedade contemporânea,
surgem preocupações, como a igreja deve agir, se posicionar, para que nesse
plano se mantenha íntegra, sem mácula, sem parcialidade, mas como Noiva do
Cordeiro venha se guardar, servindo sempre de testemunho como luz e declarando
ao mundo o caráter de Cristo como sal e assim venha semear ou deixar um legado
de bom testemunho para geração futura.
Legado ministerial, avaliando esse ponto preciso entender que:
Ministério é serviço e que para tanto está incluso abnegação, vocação, chamado
e por consequência o exercício, o que requer para o abnegado, vocacionado e
chamado um trabalho exemplar, integro, imparcial, justo e amoroso, livre de
torpe ganância, avareza, carnalidade, escândalos, ambição, e tudo aquilo que
não condiz com a sua missão.
Diante do pensamento expresso nos
parágrafos anteriores, seria possível no futuro a geração de líderes eclesiásticos
atual serem boas referencias para os novos, como foram os apóstolos, alguns
pais da igreja, e outros ícones levantados por Deus para continuação da obra legada por Jesus Cristo.
Tenho visto o caminhar da
passagem de bastão entre uma geração e outra com bastante reflexão e choques,
encontramos um conjunto de atuais discípulos que galgam a liderança, mas
especificamente o ministério, sem uma instrução coerente com o legado
espiritual, moral e ministerial deixado por nossos antepassados. O Cristocentrísmo
está aos poucos sendo suplantado pelo antropocentrismo em diversos aspectos que
escolho não comentar. A nova geração é incentivada à presunção, soberba e ao
materialismo, o coração do homem tem projetado novas torres de babel para se
livrar de Deus, ou seja, se tornar independente da necessidade de Deus, e, o
que mais choca, é que tal sentimento é perceptível no meio da atual igreja, em
partes, alguém culpa as mudanças culturais, outros o desenvolvimento social e tecnológico
e alguém vê como sinal da volta do Senhor Jesus Cristo, alguém acrescenta que a
igreja necessita adaptasse as mudanças sociais, politicas e culturais ou será
engolida pelo mundo contemporâneo deixando de ser algo útil para humanidade e
se tornando uma organização obsoleta.
O futuro da igreja como organização
é um enigma, o legado que está sendo semeado tem qualidade duvidosa, mas uma
coisa é certa a igreja como organismo é imaculada, e marcha sem tirar os olhos
do Seu Noivo Amado Jesus Cristo.
Podemos não saber o futuro da
igreja como organização, mas temos a convicção de que a igreja como organismo
vivo tem seu legado herdado no Sacrifício de Jesus Cristo na Cruz, este legado é
insubstituível, não falha e tem poder eterno.
Para que esse enigma tenha uma nova perspectiva ou novo conceito necessitamos
imitar mais as obras de Cristo, 1 Co 11.1.
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