quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Anos-Luz “A Distância Entre Igreja Cristã Primitiva E A Igreja Atual”.

Imagem: http://www.rochaferida.com 

Existe igreja local (denominação) perfeita?

Vamos melhorar a pergunta.

Existe Igreja local que não careça de melhoria? Existe igreja local sem falha?

A distância moral, ética e espiritual entre a Igreja Cristã Primitiva e as Igrejas Locais desse século é um fato ignorado pelas lideranças de igrejas locais.  É fato que toda igreja local é uma organização e por tanto gerida por homens falíveis, que mudam de opiniões, sejam “essas” teológicas, litúrgicas e principalmente em usos e costumes. Antes de iniciar a introdução dessa postagem é necessário que o caro leitor tenha em mente que liderar é a habilidade de influenciar pessoas.

Se avaliado com honestidade e sem fanatismo encontraremos tais fatos (escândalos) entre igrejas cristãs primitivas, ainda que suas histórias e comportamentos tenham contribuído para formação das bases teológicas e litúrgicas posteriores ao seu tempo. Muitos não aceitam, mas apóstolos como Pedro e Paulo falharam em algum ponto de suas vidas mesmo após a conversão, cada um dentro de sua estrutura de fé “quem lê estude e entenda”, porém suas falhas eram dentro de um plano puramente humano e, portanto aceitável, o que não interferiu na formação e continuidade ortodoxa da igreja cristã.

É perceptível uma inquietação no mundo religioso nesses dias que antecedem ao Arrebatamento da Igreja. A história da igreja cristã tem sido construída através de choques multiculturais desde sua fundação visível, o primeiro exemplo relevante é visto dentro da própria cultura judaica, aonde a mesma (igreja) vai aos poucos se afastando (da cultura judaica) e tomando uma identidade própria mais parecida com o seu mestre por excelência (Jesus). É nesse ponto que a igreja cristã primitiva (apesar de suas limitações) difere em diversos aspectos da igreja atual. As lideranças da igreja primitiva lideravam e administravam para que a mesma seguisse os passos de Jesus e assim se tornassem parecidos com o seu Senhor, porém a igreja cristã atual em sua maioria é liderada e gerenciada para que o povo se identifique com as principais lideranças denominacional.

O que alarma não é a identificação entre lideres e liderados dentro de uma situação natural, mas a imposição pessoal concernente a ideologias, costumes, liturgias, e interpretações doutrinarias de cunho legalista ou libertino gerando na igreja um peso que não lhe é próprio. Isso é fato, a igreja vive uma fase extremamente perigosa quanto a sua atuação na sua missão para com o Reino de Deus, e, diga-se de passagem, o peso maior está sobre a postura da liderança, os liderados com algumas exceções seguem as orientações e exemplos dos seus lideres. E nesse aspecto é perceptível que a igreja local vai aos poucos se distanciando do seu papel dentro do evangelho de Cristo por responsabilidade dos maus exemplos de seus líderes.
Vejamos o que o apóstolo Paulo escreveu aos Filipenses 3.17      “Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos”.

Logo, seguir o exemplo do líder é algo natural, à questão é: O que a igreja atual (desse século) tem de bom exemplo por parte de alguns líderes. Essa diferença notória entre liderança da igreja cristã primitiva e a atual (desse século) só pode ser medida em anos-luz, isso pode causar choque em alguns, mas necessitamos lembrar que foram choques como esse, que motivou alguns a fazer a diferença em meio a uma geração corrompida ou que estava se corrompendo. Para isso temos três alternativas: 
1)       Primeiro, Ser indiferente;
2)       Segundo, Fazer a diferença conforme os moldes bíblicos e agir consciente de que se pagará um preço;
3)       Terceiro, Fazer parte do sistema e se corromper.
O Apóstolo Paulo escreveu o seguinte texto 1 Coríntios 11.1 “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo ”.

Chegamos à conclusão que a principal causa dessa vergonha eclesiástica está em que deixamos de imitar a Jesus Cristo para imitar unicamente aos homens e aos seus desígnios ambiciosos que alimentam suas próprias paixões. Deixamos de buscar os valores do Reino de Deus para nos adequarmos aos moldes de diretrizes antropocêntricas. O Evangelho puro, simples e todo poderoso é substituído por filosofias intelectuais de arranjos de homens gananciosos, adúlteros, violentos, materialistas e amantes de si mesmo. A igreja local independente de bandeira está perdendo sua identidade principal, o “Amor de DEUS”. Jesus nosso exemplo por excelência, em seu ministério buscou a vontade e a glória de DEUS; mas o que busca as lideranças atuais, seria a Glória de Deus?  A vontade de DEUS? O Reino de DEUS?

A igreja local necessita voltar ao Evangelho de Cristo. Entender o que é evangelho é o primeiro passo para correção dessa tragédia espiritual e moral da igreja atual. O Evangelho não tem interesse em condenar, mas salvar; O Evangelho não é arrogante, mas gracioso; O Evangelho não condena, mas está pronto a perdoar apresentando a graça de Deus; O Evangelho não faz acepção, mas procura alcançar a todos independente de cor, raça, idade, posição social e religião; O Evangelho não é negociável, pois é gratuito e está disponível a todos quantos crer; Denominações não são proprietárias do Evangelho; Nações, povos, tribos, governos, líderes, sistemas, religiões, religiosos ou qualquer outra coisa não tem autoridade sobre o Evangelho, pois é poder de DEUS.

O Evangelho é paciente, é bondoso, não inveja, não se vangloria, não se orgulha, não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.  O Evangelho não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Isto é Evangelho, isto são boas novas de Salvação, portanto Tudo isto é Jesus Cristo. A Igreja necessita voltar a Cristo.  Existem as exceções, mas quem as conhece os chamará de pessoas e não de organizações.

Amo, respeito e intercedo pela igreja local (denominação) a qual faço parte e sou membro, mas reconheço que, assim como ela as demais necessitam acordar antes que muitas almas percam a visão do Evangelho “Cristo”.

A distância moral, ética e espiritual entre a Igreja Cristã Primitiva e as Igrejas Locais desse século talvez seja possível mensurar utilizando a escala intergaláctica anos-luz já que não é possível se alcançar com simples informações.

Perguntas que busco resposta: 

a)       A Igreja local terá tempo para uma nova reforma?
b)       Seria necessária mesmo uma reforma?
c)       O que seria necessário para que a igreja local se volte exclusivamente para Cristo?
d)       Que reforma a igreja atual necessita?
e)       O que será necessário para um verdadeiro avivamento bíblico na igreja atual?
f)        Que choque produzira na igreja atual uma volta a Cristo?
g)       Se você tem todas as resposta me envie?

Por: Adaias Marcos Ramos da Silva.

2 comentários:

  1. Precisamos viver o Evangelho. Toda a Igreja. E o exemplo do líder irá contar muito. Geralmente, o rebanho irá segui-lo.

    Estar na liderança é uma grande responsabilidade - "Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas" (Hebreus 13.17). E quem almejar essa obra deve estar ciente disso.

    Como bem observou o bispo J. C. Ryle, as características dos verdadeiros profetas são "vida santa e doutrina sadia". Infelizmente, muitos "profetas" não apresentam nem uma coisa nem outra. E, assim, muitas ovelhas não vivem bem, pois são guiadas por terrenos acidentados e, ainda por cima, sendo mal alimentadas.

    Em relação ao provisão do alimento, a Palavra de Deus, a situação é sofrível - não pela parte de Deus, mas pela parte dos homens. É certo que Deus tem seus fiéis servos, que vivem e pregam a Palavra, mas eles não ocupam todos os púlpitos. De onde vem (Ou deveria vir) a pregação da palavra de Deus. Sim, o púlpito. Frequentemente, o Evangelho não está sendo apresentado nele. Paulo disse:

    "Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus. Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado" (1 Coríntios 2.1-2)

    Hoje temos o discurso eloquente e a sabedoria mundana, mas está faltando Jesus Cristo, e este, crucificado. E sem o Evangelho, sem a Palavra sendo proclamada, não pode haver uma reforma.

    Quando Martinho Lutero foi questionado sobre como ele pôde obter tamanho êxito e sucesso, ele respondeu:

    "Eu apenas ensinei, escrevi e preguei a Palavra de Deus. Além disso, não fiz nada. E, enquanto dormia... a Palavra enfraqueceu tão grandemente o papado, que nenhum príncipe ou imperador jamais infligiu tamanhas perdas sobre ele. EU NÃO FIZ NADA. A PALAVRA FEZ TUDO".

    Marco Antonio

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    1. Verdade Caro amigo Marco, recebi através do Facebook uma resposta a respeito do texto que enfatiza que essa postagem é uma meia verdade. Eu concordo com ele, pois nós não temos em nós mesmo como gerar verdade absoluta, mas a Pessoa de Jesus sim, porém em Cristo falamos a verdade. O texto não diz que não existe pessoas fieis ou remanescentes, mas que estás são pessoas e não organizações. No final da postagem está escrito: A Igreja atual necessita voltar a Cristo. Existem as exceções, mas quem as conhece os chamará de pessoas e não de organizações. Não podemos parar, recuar, temer mas como nova geração da igreja necessitamos contribuir com o evangelho e não com o evangeliquês. Fica na santa paz.

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