Brasil, uma nação que se agride, que
chora por causa de seus direitos e deveres, que não é apenas alegria, mas que ainda
sustenta o feudal e oprime o plebeu, uma nação de muitas cores, cores onde o
vermelho prevalece sem representar a realeza ou as conquistas do seu povo, mas
o sangue de inocentes derramado nas praças das manifestações desorientadas por uma
geração desorganizada.
A história no Brasil continua sua
construção pela semeadura do passado, onde as novas gerações sem rosto e com
cara escura reescrevem o legado deixado pelos conquistadores do descobrimento, exploradores
tiranos, ditadores das ordens desordenadas e dos contemporâneos governantes
desonestos. Lamentável e indescritível a dor da família do cinegrafista Santiago
Ilídio Andrade, injustificável a ação agressiva e covarde desse tipo de
manifestante. A vítima um profissional cinegrafista (que nessa perspectiva representa
a família de trabalhadores do Brasil), que em meio aos gritos e ações descontroladas
executava o seu oficio de cidadão brasileiro, onde no labor diário lutava com
honestidade usando como ferramenta uma câmera de filmagem levando ao mundo a
imagem real de uma manifestação desorganizada e desordenada representando a
vergonhosa histórica do Brasil de uma geração mal instruída.
É importante o direito de
manifestar, requerer algo que é justo para o beneficio coletivo ou individual e
isso independente de cor, raça, cultura, posição social ou religiosa, essa
liberdade tem grande valor. Mas até onde? Ou melhor, como se deve usar a
liberdade para manifestar a posição requerida? Acredito que nenhuma ferramenta
que provoque dor produzirá efeito positivo. Esse tipo de atitude ocorre por que
falta o conhecimento do melhor caminho para o diálogo.
As manifestações até são necessárias,
mas deveriam ser utilizadas como meio de abertura para o diálogo e isto sem a violência,
porém os últimos eventos de manifestação no Brasil têm trilhado por caminhos
vergonhosos, refletindo a imagem de uma nação despreparada no uso do seu estado
de direito. Quem não sabe a forma correta de requerer direitos não conhece os
limites de seu dever, ou seja, onde começa ou termina, agindo de forma descontrolada
e com alvo incerto.
É necessário entender o que, quem
e como se motiva esse nível de manifestação.
O que é repassado para essa nova
geração? Quais instruções são repassadas que servem de meio motivador para que
manifestantes venham agir de forma violenta para que seu grito se torne audível?
O que está sendo construído na consciência dessa nova geração brasileira?
Outro ponto importante é entender
quem mobiliza, lidera ou gerencia tais ações? Ainda que as manifestações sejam
desastrosas sempre existe por traz uma liderança que a incentiva, mesmo que possa
não está de corpo presente ou ainda não ser um organismo, mas age como uma organização
ainda que não seja de fácil percepção.
Entenda: Atrelar essas manifestações a uma liderança
única é falta de bom senso; em casos isolados e funcionando como “manifestações
ilhas” se encontrarão alguém ou uma organização que leve o rebanho a manifestar,
mas vincular as manifestações a uma única causa ou a uma liderança comum não
cabe nesse contexto, porém é possível aceitar o próprio sistema Sócio-Político do
Brasil como principal genitor de tais manifestações. A causa raiz não está nos
eventos ou fatos do momento, mas é fruto de uma herança histórica da nação, que
precisa ser reconstruída através de um novo conceito de educação, que envolva
desde a consciência da sociedade aos núcleos educacionais e formadores de opinião como um todo.
A motivação para tais eventos
parte do princípio que: “tenho direito e
vou buscar custe o que custar”, mas a questão não está no direito e sim
como esse direito é apresentado e ou conquistado, é necessário um trabalho de conscientização
do que é direito ou dever, e, que os mesmos podem ser alcançados através do conhecimento,
mas para isso é necessário uma mudança de postura governamental, iniciativa
privada e sociedade, ou seja, é necessário o Brasil reconstruir a sua história,
começando pelo incentivo ao conhecimento do melhor caminho para o diálogo. Isso
é possível quando as partes se respeitam e não apenas se toleram, mas cada lado
cumprindo de maneira tangível, ética e humana a sua responsabilidade.
Somente
assim o Brasil se tornará uma potencia mundial em todos os aspectos, pois uma
nação que não se ama é uma nação de um povo pobre, por isso o Brasil necessita renascer, ser reeducado e assim construir um novo caminho para sua história.
Adaias Marcos Ramos Da Silva
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